Na reunião de quinta-feira que sacramentou a recusa do Corinthians no negócio por Dudu, uma cláusula surpresa no contrato ofertado pelo Dínamo de Kiev-UCR assustou: inicialmente prevista de R$ 10 a R$ 12 milhões aproximadamente por 50% a 60% de direitos econômicos, a transferência poderia dobrar.
No acordo, os ucranianos exigiriam o pagamento de 1,5 milhão de euros (R$ 4,8 milhões) até o fim de janeiro, mais 1,5 milhão de euros até o fim de março por 50% dos direitos econômicos. Além disso, o Dínamo de Kiev também surpreendeu ao tentar obrigar o Corinthians a comprar a outra metade dos direitos por mais 3 milhões de euros (quase R$ 10 milhões) no fim de 2016.
Na avaliação da diretoria do Corinthians, significava na prática que a única maneira de não pagar quase R$ 20 milhões era vender Dudu para outra equipe, por valor superior, antes desse prazo. O valor está acima do que o clube precisa para manter Paolo Guerrero, prioridade de momento.
Agora, a posição do Corinthians é de aguardar o desenrolar dos fatos. Na diretoria corintiana, há desconfiança de que o São Paulo não irá conseguir cumprir todas essas exigências. Sabe-se somente que, de imediato, os são-paulinos têm em caixa 1,5 milhão de euros para pagar a entrada exigida até o fim de janeiro.
Há aproximadamente um mês, vale lembrar, o gerente de futebol corintiano Edu Gaspar dava o negócio como fechado. Os representantes de Dudu tinham a sinalização do Dínamo de Kiev de que uma oferta de 3,6 milhões de euros (cerca de R$ 12 milhões) por 60% dos direitos econômicos, com primeira parcela a ser paga em maio, seria aceita. O que, nos últimos dias, mudou totalmente de panorama.