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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Anastasia é citado nas investigações de corrupção na Petrobras

Policial preso na 7ª fase da Operação Lava Jato disse que entregou R$ 1 milhão ao ex-governador de Minas Gerais e senador eleito, pelo PSDB.



Mais um político foi citado nas investigações de corrupção na Petrobras, da Operação Lava Jato. O senador eleito Antônio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais. Ele nega qualquer irregularidade. 
O policial Jayme Alves de Oliveira Filho, preso na 7ª fase da Operação Lava Jato, e já solto, disse em depoimento que entregou R$ 1 milhão a Antônio Anastasia, ex-governador de Minas Gerais e senador eleito, pelo PSDB. A informação foi publicada nesta quinta-feira (7) pelo jornal Folha de São Paulo.
No depoimento, a que o Jornal Nacional teve acesso, Jayme afirma: "Fui numa casa em Belo Horizonte, em 2010, perto de um shopping, numa rodovia. Fui fazer uma entrega a pedido do Youssef e, segundo ele, o dinheiro era para o Anastasia, entreguei a uma pessoa que não se identificou".
Perguntado se já sabia de quem se tratava, Jayme disse: "não tinha a menor ideia. Tempos mais tarde, vendo os resultados eleitorais, identifiquei que o candidato que ganhou a eleição em Minas Gerais era a pessoa para quem eu levei o dinheiro". "Uma mala com aproximadamente R$ 1 milhão".
Em nota, Anastasia diz que "não conhece o policial Jayme de Oliveira Filho, que nunca esteve ou falou com ele. Anastasia também afirma que "é muito estranho o alegado encontro de um governador de Estado em uma casa que não é sua, com um desconhecido, para receber dinheiro". E mais à frente, volta a negar a acusação: "sempre tive exemplar comportamento, reconhecido por todos. Uma acusação falsa e absurda como está me leva a completa indignação e mesmo revolta".
Na nota, Anastasia disse ainda que constituiu advogado com "o propósito de solicitar o completo esclarecimento do episódio, por todos os meios possíveis, inclusive acareação com o acusador, verificação de qual seria a tal casa, a data deste alegado encontro, o meio de locomoção utilizado e todos os demais elementos para demonstrar, de forma cabal, a inverdade do depoimento".
“A ele, interessa saber se o indivíduo que prestou esse depoimento está confundindo sua pessoa ou se ele está deliberadamente mentindo. Até porque, se mente, mente para confundir a investigação. Definitivamente, não recebeu dinheiro algum. O fato é absolutamente inverídico e não resiste a menor verificação”, disse Maurício de Oliveira Campos Júnior, advogado do senador Antônio Anastasia.
O policial Jayme de Oliveira Filho disse aos investigadores que fez entregas de dinheiro, a mando do doleiro Alberto Youssef, entre 2010 e 2014. E que recebia entre R$ 1.000 R$ 1.500 por viagem.
Entre os destinatários citados no depoimento, estão políticos como Luiz Argolo, que era deputado federal pelo Partido Solidariedade da Bahia, e Eduardo Cunha, deputado do PMDB do Rio de Janeiro e atual candidato à presidência da Câmara dos Deputados. João Cláudio de Carvalho Genú, chefe de gabinete da liderança do PP na Câmara, na época do escândalo do Mensalão; Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União; Henry Hoyer de Carvalho, suspeito de também ser um dos operadores do esquema; Júlio Camargo, consultor da Toyo Setal que já fez acordo de delação premiada com a Justiça; Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema; e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras.
Ele também citou as empresas UTC, Camargo Correa e OAS como destinatárias de dinheiro.
O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha, disse que não conhece Jayme Alves de Oliveira Filho e nunca esteve com ele.
Os advogados de Júlio Camargo e Tiago Cedraz afirmaram que seus clientes também nunca estiveram com Jayme.
A assessoria da empresa UTC Engenharia e o advogado de Fernando Baiano disseram que não vão se pronunciar porque não tiveram acesso ao depoimento de Jayme.
A construtora Camargo Corrêa disse que não há fundamento na citação à empresa.
Os advogados de Paulo Roberto Costa, Henry Hoyer de Carvalho, João Cláudio Genú, do deputado Luiz Argôlo, da construtora OAS e do doleiro Alberto Youssef não foram localizados ou não atenderam às nossas ligações.
O PMDB disse que repudia de forma categórica as acusações.