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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Novo diretor de governança da Petrobras toma posse

Arte problemas da Petrobras - ATUALIZADA (Foto: Editoria de Arte/G1)O novo diretor de governança, risco e conformidade da Petrobras , João Adalberto Elek Junior, tomou posse do cargo nesta segunda-feira (19), em cerimônia realizada com a presença da presidente da empresa, Graça Foster. O cargo foi criado em novembro pela estatal em meio a denúncias de corrupção envolvendo a estatal.

Em nota, a Petrobras informou que a presidente Graça ressalta que a missão do novo diretor é assegurar a conformidade de processos e mitigar riscos, dentre eles o de fraudes, corrupção e desvios de ética.

Elek também será um dos integrantes do Comitê Especial, junto da ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie Northfleet e do ex-executivo da Siemens, Andreas Pohlmann. A função do grupo é atuar como interlocutor das investigações internas independentes realizadas por dois escritórios de advocacia contratados pela Petrobras.


"Estamos tendo o equilíbrio para superar os problemas decorrentes da Operação Lava Jato, especialmente auxiliando as autoridades públicas para a completa e rápida elucidação dos fatos e em paralelo conduzimos nossa empresa para que ela continue crescendo e operando com excelência", disse Graça Foster. "Temos o prestígio técnico mas também queremos o reconhecimento de nossa governança."
O novo cargo
Segundo a Petrobras, a função é para "assegurar a conformidade processual e mitigar riscos nas atividades da companhia, dentre eles, os de fraude e corrupção, garantindo a aderência a leis, normas, padrões e regulamentos, internos e externos à companhia".
Para a criação do cargo, não foi aumentada a quantidade de diretores da empresa, já que a nova diretoria substituirá a da área internacional.
O novo diretor irá participar das decisões da diretoria da Petrobras. "As matérias a serem submetidas à deliberação deste colegiado deverão contar, necessariamente, com prévia manifestação favorável desse
diretor quanto à governança, gestão de riscos e conformidade dos procedimentos", diz a estatal.
Escolha por processo seletivo
O conselho elegeu o novo diretor com base em lista tríplice de profissionais brasileiros pré-selecionados por meio de processo conduzido pela empresa Korn Ferry, especializada em seleção de executivos.
O mandato do novo diretor será de três anos, podendo ser renovado. "Sua destituição somente poderá ocorrer por deliberação do Conselho de Administração, com quórum que conte com o voto de pelo menos um dos Conselheiros de Administração eleitos pelos acionistas minoritários ou preferencialistas", diz a Petrobras.

O anúncio da criação do cargo foi feito no dia 17 pela presidente da empresa, Graça Foster.Segundo ela, a nova diretoria visa o "cumprimento de leis e regulamentos internos e externos".

Currículo do novo diretor
Segundo a Petrobras, o novo diretor foi diretor financeiro da Fibria Celulose, onde exerceu as funções de relações com investidores, controle e gestão de riscos e finanças.

Anteriormente foi diretor financeiro e de relações com investidores da operadora de telecomunicações NET. Também passou pelos cargos de diretoria executiva e financeira na operadora americana AT&T para o Brasil e América Latina, respectivamente. Além disso, o novi diretor trabalhou por 20 anos no Citbank, onde exerceu a posição de diretor financeiro na área de varejo.

É graduado em engenharia eletrônica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, MBA em Planejamento de Marketing pela COPPE-AD/UFRJ e pós-graduado pela Columbia Business School Mergers and Acquisitions.

Denúncias
A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava-Jato, da Polícia Federal. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as autoridades policiais, e movimentou cerca de R$ 10 bilhões. De acordo com a PF, as investigações identificaram um grupo brasileiro especializado no mercado clandestino de câmbio.

Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.