A manifestação no Centro do Rio, nesta sexta-feira (23) contra o aumento das tarifas de ônibus, que começou por volta das 18h30, foi em seu início liderada por uma manifestante que usava apenas biquíni e galochas.À frente do cordão de policiais militares que acompanhava a passeata, ela desfilava e se dirigia aos PMs aos gritos de “Eu quero ver a ditadura”. Ela provocava os policiais com jatos de perfume e até beliscôes nas suas faces.
O tráfego foi interditado na Avenida Presidente Antônio Carlos por volta das 18h40. Os manifestantes seguiram pela Rua Primeiro de Março e desistiram de seguir pela Avenida presidente Vargas até a central, como era o planejado, para marcar pela Avenida Rio Branco, que foi fechada ao tráfego por volta das 19h20.
Os manifestantes escolheram como ponto de encontro o Tribunal de Justiça, segundo explicaram, por causa do julgamento de ativistas. Os manifestantes denunciavam perseguição do estado e cerceamento da liberdade de expressão e exigiam a libertação dos presos que participaram dos protestos ocorridos no ano passado.
Este é o quarto ato desde o reajuste das passagens. A manifestação segue pacífica.
Os manifestantes declararam que a luta não é pela simples redução do valor da passagem de ônibus, reajustada em R$ 0,40 no começo de janeiro, passando de R$ 3 para R$ 3,40.
"É para reduzir até zerar. Agora é o povo que vai mandar no transporte", informava o texto de convocação para o protesto, organizado pelo Movimento Passe Livre do Rio. O grupo defende a estatização do serviço de transportes e o passe livre para toda a população.
