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sábado, 10 de janeiro de 2015

Gastos com contratações geram irritação e reação no Corinthians










A diretoria do Corinthians não respeita o orçamento planejado para 2015 com lances altos para contratações no mercado. É o que afirmou o presidente do Cori (Conselho de Orientação) do clube, Alexandre Husni. Há ainda irritação em setores da diretoria corintiana que não entendem de onde sairá o dinheiro para bancar os reforços pretendidos, segundo apurou o blog.
Até outubro de 2014, o Corinthians acumulava um déficit de 60 milhões no anoHá dívidas de direitos de imagem de até quatro meses com jogadores, com o ex-técnico Mano Menezes, e outros. Por isso, o orçamento para 2015 previa um cenário apertado, com apenas R$ 10 milhões para contratações e previsão de venda de R$ 38 milhões de jogadores.
Mesmo assim, o candidato da situação Roberto Andrade e o ex-presidente Andrés Sanchez iniciaram uma corrida por reforços. Ofereceram 3,0 milhões de euros por 50% dos direitos de Dudu, negócio que pode ser travado pelo presidente Mário Gobbi. Houve sondagens pelo caro Conca. Sem serem grandes nomes, o colombiano Steven Mendoza (R$ 1 milhão) e o volante Christian (salário de R$ 400 mil) não foram baratos.
“Não estão respeitando o orçamento. O orçamento é uma peça de ficção desse jeito. Sabemos que já seria um ano muito difícil porque as receitas estão em queda e as despesas em alta'', contou Husni, do Cori. “Não era nem para contratar. Era para ser contratação zero.''
Husni disse que vai convocar uma reunião do Cori até o final do mês para ouvir explicações da diretoria sobre o que está ocorrendo. É um movimento para tentar controlar os gastos. Afinal, o orçamento apertado foi um compromisso do presidente Mário Gobbi com o conselho de orientação em reunião em outubro.
“O Cori não tem poder coercitivo, mas isso deveria ser revisto em uma reforma estatutária. Só podemos aconselhar. Deveria ser obrigatório cumprir o orçamento. A verdade é que a diretoria executiva tem o poder'', comentou Husni. Ainda sem os balancetes de novembro e dezembro de 2014, Husni avalia que a dívida líquida do clube deve ficar em R$ 280 milhões no final de 2014, somado o débito do estádio, ultrapassa R$ 1 bilhão.
Há membros da diretoria corintiana que concordam com a avaliação de Husni, e estão irritados com a atitude de Roberto Andrade e Andrés. A apuração do blog mostra que, de fato, não há dinheiro em caixa para fazer as contratações. Pelo contrário, existem compromissos futuros para os quais não há recursos suficientes. A única justificativa seria se Andrés tivesse arrumado uma nova fonte de receita desconhecida de todos, um trunfo, o que parece improvável.
Até porque o clube já antecipou algumas rendas até 2017 em um total de R$ 70 milhões para fechar contas de 2014. Mesmo assim, precisou recorrer ao empresário Carlos Leite para conseguir R$ 2 milhões para cobrir os últimos salários.


Neste cenário, Roberto Andrade e Andrés apostam em contratações sem sequer verificar se há caixa. O presidente Mário Gobbi tem resistido a alguns negócios como ocorreu com o goleiro Danilo, o volante Jonas e agora Dudu. Toda a realidade do caixa corintiano será conhecido no final do mês quando serão apresentadas as contas completas de 2014, pouco antes da eleição.