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domingo, 12 de outubro de 2014

EMPRESAS DO CARTEL DE TRENS QUE ATUOU EM SP´ DE 1998 A 2008 GOV DO PSDB

"As empresas do cartel de trens que atuou em São Paulo entre 1998 e 2008 --em governos do PSDB no Estado-- estenderam suas ações fraudulentas a todas as fases de licitações e contratos públicos, segundo documentos obtidos por autoridades federais". Por Flávio Ferreira e Mario Cesar de Carvalho, no jornal Folha de São Paulo.


Papéis citam ação de cartel dos trens em várias etapas

Material apreendido indica influência de empresas antes e depois de licitações
E-mail cita promessa de técnico da CPTM em viabilizar projetos; atuação ocorreu em gestões tucanas em SP
FLÁVIO FERREIRA MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO As empresas do cartel de trens que atuou em São Paulo entre 1998 e 2008 --em governos do PSDB no Estado-- estenderam suas ações fraudulentas a todas as fases de licitações e contratos públicos, segundo documentos obtidos por autoridades federais.
Os papéis inéditos aos quais a Folha teve acesso indicam a atuação das companhias antes mesmo de um projeto ser definido pelo poder público e inclusive depois de um contrato já ter sido assinado.
As investigações iniciais do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) apontavam um conluio de empresas para combinar preços na fase de concorrência.

Mas as apreensões efetuadas pelo órgão em julho de 2013 indicam que as fraudes não se limitaram a essa etapa.
SEM FIM
As ações das empresas não paravam depois do fim das concorrências públicas, indicam os papéis apreendidos.
Uma carta de previsão de custos achada na empresa CAF aponta uma negociação com a CPTM para maquiar um orçamento de fornecimento de peças de um contrato em andamento --após licitação de 2001/2002 vencida pelo consórcio CAF/Alstom.
O texto aponta que a empresa fez uma estimativa de itens vandalizáveis de R$ 15 mil por mês, mas que a quantidade real era de R$ 10 mil.
Segundo esse documento, foi incluído um valor "artificial" de R$ 5 mil a mais por mês "a pedido da CPTM para a compra de peças de trens diferentes" daqueles da CAF.

As companhias do cartel também tinham meios para influenciar as regras dos editais, segundo os documentos.
Mensagem descoberta na CAF afirma que Arthur Teixeira, lobista do cartel de trens, acertou com representantes da CPTM as condições do edital do projeto Boa Viagem (para recuperar e modernizar trens) lançado em 2004.
O e-mail escrito pelo diretor da CAF Agenor Marinho em maio de 2005 diz que a empresa deveria negociar com Teixeira se quisesse participar da concorrência.
Ele indica que a empresa tinha dúvidas se seria um bom negócio entrar na licitação. A companhia acabou não participando da disputa.
Em licitações para manutenção de trens das séries 2000, 2100 e 3000 da CPTM, as empresas do cartel chegaram a assinar uma espécie de contrato com as atribuições de cada uma. O Cade diz se tratar de conluio entre Alstom, Bombardier, CAF e Siemens.