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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Mulher atropelada por trem tem perna amputada e pede ajuda após despejo

Após ser atropelada por um trem em Santos, no litoral de São Paulo, e ter uma das pernas amputadas, Marcia Aparecida de Oliveira Kisluk, de 33 anos, tenta reconstruir a vida. Ainda no hospital, a comerciante descobriu que ela, o marido e o filho, de três anos, foram despejados da casa onde moravam porque não pagaram o aluguel.
Marcia foi atropelada por um trem no bairro do Valongo. "Eu trabalho atrás da Alfandega, próximo à linha do trem, em uma barraca de lanches há oito meses. No dia 14 de janeiro, por volta das 12h, um vagão com lona passou e a força dele me puxou. Se não fosse meu marido, que me puxou rapidamente, seria esmagada", explica.
Em nota, a Prefeitura de Santos informou, através do Departamento de Fiscalização Empresarial e Atividades Viárias (Defemp), que o local citado não possui ambulantes cadastrados na Prefeitura de Santos. Se há ambulantes no local, são irregulares e que o local do acidente é jurisdição da Codesp (União).
Após o acidente, a comerciante foi encaminhada à Santa Casa de Santos. De acordo com uma das testemunhas, Adriano Silva, de 30 anos, a situação inicial da vítima era grave. "Colocaram ela em um quarto sem ventilação. O cheiro era horrível, estava tudo muito ruim. Depois, os médicos realizaram alguns exames e a situação melhorou um pouco", explica.
Nesta sexta-feira (30), Marcia precisou realizar uma cirurgia para amputar a perna esquerda. "Ainda não assimilei bem a ideia. Amputei minha a perna na altura da virilha, sinto pouca dor. Porém, ainda não sei como vai ser minha vida", explica.
Marcia conta também que foi avisada do despejo. A comerciante morava na Rua Brás Cubas, no Centro, em um cortiço. "Me avisaram que estamos sem casa, nos despejaram pois ficamos sem pagar aluguel. Ainda não sei para onde vou, tenho muitas coisas para resolver também", explica
Sobre o futuro, a mulher ainda não consegue imaginar sua vida pós-acidente. "Hoje, preciso de uma ajuda com relação a cadeira e alguns utensílios de higiene pessoal. Tenho um filho de três anos, uma família. Ainda não sei o que vou fazer da minha vida", conclui.