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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

De dentro da cadeia, preso engana 4 mil pessoas e dá golpe de R$ 750 mil

Delegado Leandro Totino, titular do Núcleo de Operações e Inteligência (Foto: John Pacheco/G1)
Um homem de 44 anos que está preso desde 2007 no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) é apontado pela Polícia Civil como responsável por um esquema que enganou quase 4 mil pessoas no estado, entre julho de 2013 e dezembro de 2014. Por telefone, o detento vendia às vítimas contratos administrativos de trabalho do governo do Amapá, ao preço de R$ 250. De acordo com o delegado do Núcleo de Operações e Inteligência (NOI) Leandro Totino, somando os golpes aplicados, o homem já teria faturado cerca de R$ 750 mil.
Totino informou que as investigações iniciaram em janeiro de 2014, quando um grupo de pessoas procurou pela polícia para denunciar a prática. Elas informaram que o detento, que se apresentava como "Lima", ligava para as vítimas e dizia que estava recrutando militantes para trabalhar na campanha eleitoral, com a promessa de emprego garantido no governo do Amapá após as eleições.
De acordo com uma das vítimas, que preferiu não se identificar, o preso cobrava pelo serviço, mas prometia que o valor seria ressarcido em no máximo um mês. Junto com outra amiga, que também caiu no golpe, a mulher disse que indicou outras duzentas pessoas.
Vítima diz que foi demitida do banco após golpe (Foto: Cassio Albuquerque/G1)
"Ele dizia que a gente poderia pagar de R$ 200 a R$ 300, mas que o ressarcimento seria em torno de R$ 1,8 mil. A gente foi enganada porque ele tinha uma lábia muito grande e imaginava que seria uma coisa séria, porque tínhamos que até abrir conta", disse a mulher.


Outra vítima do golpe, que também pediu sigilo da identidade, disse que quando foi enganada gerenciava o setor de abertura de contas de um banco privado. Ela conta que o presidiário ligou e se apresentou como cabo eleitoral, informando que um grupo de pessoas abriria contas correntes para recebimento do suposto pagamento pelo que seria trabalho na campanha eleitoral.

"Ele disse que poderia arranjar um emprego para a minha esposa na Assembleia Legislativa, caso eu fizesse um pagamento inicial e chamasse mais gente. Eu reuni outras 70 pessoas, que também se iludiram com a promessa. Acabei sendo demitido, porque ele indicou 200 pessoas para abrir conta, nenhuma delas recebeu os valores prometidos e acabaram ficando endividadas com o banco. A direção desconfiou e me tirou da função para evitar uma situação pior", contou a vítima.