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sábado, 15 de novembro de 2014

PF vai investigar delegados da Lava-Jato por suposto desvio de conduta

BRdos ASÍLIA - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que a Polícia Federal abra uma Alguns  investigação para apurar suposto desvio de conduta de delegados que estão à frente da Operação Lava-Jato. Na fase final da campanha eleitoral, os delegados usaram a internet para elogiar o senador Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência da República, e atacar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo informou o jornal o Estado de S. Paulo.


delegados teriam até ajudado a divulgar propaganda eleitoral de Aécio Neves. A propaganda reproduz reportagem sobre parte da delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Os depoimentos da delação estão sob segredo de Justiça. Entre os delegados a serem investigados estão Márcio Anselmo, ex-coordenador da Lava-Jato, E Erica Mialik Marena, atual coordenadora da operação.

Estão também nesta lista o delegado Igor Romário de Paula, da Divisão de Combate ao Crime Organizado e Maurício Grillo, chefe da Delegacia de Crimes Fazendários.
Todos cidadãos têm liberdade de manifestação, não importa se elas são favoráveis ou contra o governo. Mas da mesma forma, quem preside uma investigação deve agir com imparcialidade. Tem o dever de não endossar vazamentos indevidos e nem orientar investigações a partir de seus pontos de vistas pessoais - disse Cardozo.

Na investigação, a Corregedoria-Geral da Polícia Federal deverá apurar se houve crime ou deslize ético na conduta dos delegados. Segundo O ministro, se for comprovada alguma ilegalidade ou quebra de princípios éticos, os policiais serão punidos. Cardozo não especificou quais seriam as punições previstas em casos como este.

- Nós jamais podemos admitir partidarização de nenhuma investigação, sejam investigações que ataquem adversários do governo, sejam investigações partidos vinculados ao governo - disse o ministro.

Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato divulgaram nota em apoio aos delegados. Para eles, não haveria problema algum na atuação dos policiais que teriam ajudado a difundir peças de campanha de Aécio e ataques a Dilma e Lula. Os procuradores entendem que não houve prejuízo às 
investigações sobre desvios na Petrobras.

"Em nosso país, expressar opinião privada, mesmo que em forma de gracejos, sobre assuntos políticos é constitucionalmente permitida, em nada afetando o conteúdo e a lisura dos procedimentos processuais em andamento", afirmam os procuradores.