terça-feira, 3 de março de 2020

Ministra japonesa admite chance de adiamento da Olimpíada de Tóquio até o fim de 2020

Seiko Hashimoto Ministra Tóquio 2020 — Foto: Getty Images


O Comitê Organizador da Olimpíada de Tóquio, prevista para julho deste ano, tem fugido da possibilidade de adiar o torneio devido ao risco do coronavírus. No entanto, o tom do discurso do governo japonês mudou nesta terça-feira, quando o número de casos no país chegou a 274. Até agora, seis pessoas morreram no Japão.
Segundo Seiko Hashimoto, ex-patinadora e ministra das Olimpíadas no Japão, o contrato com o Comitê Olímpico Internacional prevê que o evento seja realizado em 2020. Na interpretação da organização dos Jogos, a afirmação abriria a possibilidade de um adiamento da competição em alguns meses.


- O COI tem o direito de cancelar os Jogos somente se eles não ocorrerem dentro de 2020. Isso pode ser interpretado como a possibilidade dos Jogos serem adiados, contanto que sejam realizados durante esse ano - explicou Seiko Hashimoto, ex-atleta e ministra dos Jogos Olímpicos no Japão, durante um encontro na sede do poder legislativo do país.
O COI publicou uma nota oficial em que reafirma o compromisso de realizar os Jogos de Tóquio na data prevista (24 de julho a 9 de agosto).
- Uma força-tarefa conjunta já havia sido criada em meados de fevereiro, envolvendo o COI, Tóquio 2020, a cidade anfitriã de Tóquio, o governo do Japão e a Organização Mundial da Saúde (OMS). O Comitê Executivo do COI aprecia e apoia as medidas que estão sendo tomadas, que constituem uma parte importante dos planos de Tóquio de sediar Jogos seguros e protegidos

sexta-feira, 17 de abril de 2015

PRF prende 9 pessoas e recupera 5 veículos roubados no interior do CE

Foto: Divulgação PRFUm operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF-CE), deflagrada na última quinta-feira (16), resultou na prisão de 9 pessoas e na apreensão de 5 veículos rouados e 10 armas de fogo, nos municípios de Coreau Frecheirinha, distantes 298 e 288 km de Fortaleza, respectivamente. 
A operação, batizada como 'Boers', cumpriu 11 mandados de busca e apreensão nas localidades. A ação contou com a participação de 67 agentes da PRF, 12 policiais civis, 2 promotores de justiça e ainda 2 juízes.
Segundo a PRF-CE, o objetivo era identificar organizações criminosas envolvidas na adulteração de veículos e localizar motos e carros roubados no interior do Estado. De acordo com a PRF, já foram recuperados 51 veículos provenientes de roubos ou furtos neste ano. Em 2014 foram apreendidos 89. 
O planejamento da operação levou em consideração dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2014, que constatou que o Ceará foi o 5º estado com mais veículos roubados em 2013, com 9,372.

Suspeito de cometer chacina em Sobral é preso

kekeUm homem, suspeito de ter cometido uma chacina na comunidade de Pau D'Arco, Distrito de Aprazível, no município de Sobral, onde seis pessoas foram encontradas amarradas e mortas, foi preso na manhã desta sexta-feira (17).
Segundo informações da Polícia Militar (PM) de Sobral, o acusado, identificado apenas como 'Keké', foi capturado na cidade deJijoca, distante cerca de 170 km do local do crime. 
O homem foi conduzido à Delegacia Regional de Sobral, onde será ouvido sobre a possível participação na chacina. A PM ainda não confirmou se ele também é suspeito de ter assassinado outras duas mulheres, que foramencontradas mortas, na última quinta-feira (16), às margens de uma rodovia que liga as cidades de Alcântaras e Coreaú. 
AInda não há informações do que teriamotivado as execuções. A Polícia realizadiligências em busca de identificar outros suspeitos dos crimes. 

Para petistas, prisão de Vaccari foi ação política

Image-0-Artigo-1836135-1Os membros do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa criticaram a prisão de João Vaccari Neto, tesoureiro da legenda, e disseram que ele havia prestado todos os esclarecimentos necessários à Justiça. Faltando um ano e meio para as eleições de 2016, os petistas tentam passar a ideia de confiança em relação ao próximo pleito, admitindo que até lá já terão minorado a crise de representatividade pela qual a legenda passa.
No discurso das lideranças, a partir da propaganda do próprio partido, há uma tentativa de passar para a sociedade a ideia de que os governos do ex-presidente Lula e de Dilma Rousseff foram os responsáveis pelo maior combate à corrupção no País, citando ações do Ministério Público e da Polícia Federal, embora nada a presidente da República possa fazer para orientar o trabalho dos dois órgãos. O Ministério Público é autônomo e a Polícia Federal não recebe ordens do Palácio do Planalto, mas do Poder Judiciário.
Elmano de Freitas, questionado sobre a quantidade de petistas influentes envolvidos em ações delituosas, comprovadas ou em investigação, afirmou que a prisão de Vaccari foi uma ação política. Entre os nomes de lideranças do partido envolvidos em escândalos de corrupção estão os ex-presidentes do partido José Dirceu e José Genoíno, os tesoureiros Delúbio Soares e João Vaccari Neto, o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha e o ex-vice-presidente da Câmara André Vargas.
O deputado Moisés Braz defendeu que o grêmio precisa discutir suas bases políticas, destacando que todos os acusados de envolvimento em atos ilícitos sejam julgados e, se condenados, expulsos do partido. "O partido não pode atribuir a si uma imagem de corruptor que assola o nosso País. Tem que preservar a história do seu povo e só fará isso se todos que tenham comprovadamente qualquer envolvimento com algo errado sejam expulsos", argumenta.
Descrédito
Para o petista, as eleições de 2016 vão refletir o descrédito pelo qual os políticos estão passando, alegando que a crise não atinge somente o PT. Ele acredita que todas as legendas terão que fazer um grande debate com a população com vistas ao pleito do próximo ano e defendeu que o partido volte às ruas, sem temer as críticas, inclusive da própria militância. "É preciso que todos os partidos coloquem a cara a tapa e compreendam que temos que ter projeto claro. A dificuldade que o PT vai ter todos os partidos terão", aposta.
Já a deputada Rachel Marques acredita que o próprio período eleitoral será importante para que o partido vá às ruas e apresente seu posicionamento sobre o que está ocorrendo na política brasileira. Segundo ela, nas eleições de 2016, o Partido dos Trabalhadores estará próximo da população, esclarecendo qualquer dúvida dos eleitores. "É nesse momento que o partido vai às ruas, às escolas e casas fazer essa discussão. As eleições ajudam a deixar o partido mais próximo da população, e o partido deve fazer alianças e estar junto de seus aliados", opina.
Em relação aos erros do PT, a parlamentar ressaltou que isso será discutido no momento certo, durante o Congresso da Executiva Nacional, quando todas as questões levantadas nos últimos meses serão avaliadas. Para ela, o PT errou ao se afastar de suas bases. "Se o PT está perto do povo, o povo está esclarecido, está entendendo o que acontece", justifica a petista.
Reconstrução
Já Elmano Freitas disse sentir a necessidade de uma reconstrução do partido, que vai desde as lideranças populares, passando por militantes, e indo até seus principais líderes. Para ele, o fato de o PT estar no poder há mais de 12 anos afetou alguns membros da sigla por estarem em posição privilegiada, o que fez com que eles "se desvirtuassem". No entanto, ele afirmou que, até o momento, tem confiança no tesoureiro da sigla, Vaccari Neto.
O deputado também defendeu que o fato de o PT ter demorado para afastar alguns petistas envolvidos em denúncias de esquema fraudulento, como no caso de André Vargas, que teve o mandato de deputado cassado pela Câmara, demonstrou a fragilidade do partido. Porém, não defendeu uma volta às origens do PT, pois, em sua opinião, a sociedade brasileira passou por mudanças, alterando a forma de pensar ao longo dos anos. "Quando se está em espaço de poder, os benefícios surgem e os problemas são as pessoas que cedem a estas tentações", afirmou.
Nos casos dos petistas que participaram do esquema conhecido como Mensalão, no Governo Lula, Elmano de Freitas afirma que, em sua avaliação, o caso foi de caixa dois e diz ter defendido o afastamento dos envolvidos de suas funções. Para as eleições de 2016, o petista acredita que a decepção da população é com todos os partidos, afirmando ainda que os melhores nomes para a disputa estão no PT.Os membros do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa criticaram a prisão de João Vaccari Neto, tesoureiro da legenda, e disseram que ele havia prestado todos os esclarecimentos necessários à Justiça. Faltando um ano e meio para as eleições de 2016, os petistas tentam passar a ideia de confiança em relação ao próximo pleito, admitindo que até lá já terão minorado a crise de representatividade pela qual a legenda passa.
No discurso das lideranças, a partir da propaganda do próprio partido, há uma tentativa de passar para a sociedade a ideia de que os governos do ex-presidente Lula e de Dilma Rousseff foram os responsáveis pelo maior combate à corrupção no País, citando ações do Ministério Público e da Polícia Federal, embora nada a presidente da República possa fazer para orientar o trabalho dos dois órgãos. O Ministério Público é autônomo e a Polícia Federal não recebe ordens do Palácio do Planalto, mas do Poder Judiciário.
Elmano de Freitas, questionado sobre a quantidade de petistas influentes envolvidos em ações delituosas, comprovadas ou em investigação, afirmou que a prisão de Vaccari foi uma ação política. Entre os nomes de lideranças do partido envolvidos em escândalos de corrupção estão os ex-presidentes do partido José Dirceu e José Genoíno, os tesoureiros Delúbio Soares e João Vaccari Neto, o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha e o ex-vice-presidente da Câmara André Vargas.
O deputado Moisés Braz defendeu que o grêmio precisa discutir suas bases políticas, destacando que todos os acusados de envolvimento em atos ilícitos sejam julgados e, se condenados, expulsos do partido. "O partido não pode atribuir a si uma imagem de corruptor que assola o nosso País. Tem que preservar a história do seu povo e só fará isso se todos que tenham comprovadamente qualquer envolvimento com algo errado sejam expulsos", argumenta.
Descrédito
Para o petista, as eleições de 2016 vão refletir o descrédito pelo qual os políticos estão passando, alegando que a crise não atinge somente o PT. Ele acredita que todas as legendas terão que fazer um grande debate com a população com vistas ao pleito do próximo ano e defendeu que o partido volte às ruas, sem temer as críticas, inclusive da própria militância. "É preciso que todos os partidos coloquem a cara a tapa e compreendam que temos que ter projeto claro. A dificuldade que o PT vai ter todos os partidos terão", aposta.
Já a deputada Rachel Marques acredita que o próprio período eleitoral será importante para que o partido vá às ruas e apresente seu posicionamento sobre o que está ocorrendo na política brasileira. Segundo ela, nas eleições de 2016, o Partido dos Trabalhadores estará próximo da população, esclarecendo qualquer dúvida dos eleitores. "É nesse momento que o partido vai às ruas, às escolas e casas fazer essa discussão. As eleições ajudam a deixar o partido mais próximo da população, e o partido deve fazer alianças e estar junto de seus aliados", opina.
Em relação aos erros do PT, a parlamentar ressaltou que isso será discutido no momento certo, durante o Congresso da Executiva Nacional, quando todas as questões levantadas nos últimos meses serão avaliadas. Para ela, o PT errou ao se afastar de suas bases. "Se o PT está perto do povo, o povo está esclarecido, está entendendo o que acontece", justifica a petista.
Reconstrução
Já Elmano Freitas disse sentir a necessidade de uma reconstrução do partido, que vai desde as lideranças populares, passando por militantes, e indo até seus principais líderes. Para ele, o fato de o PT estar no poder há mais de 12 anos afetou alguns membros da sigla por estarem em posição privilegiada, o que fez com que eles "se desvirtuassem". No entanto, ele afirmou que, até o momento, tem confiança no tesoureiro da sigla, Vaccari Neto.
O deputado também defendeu que o fato de o PT ter demorado para afastar alguns petistas envolvidos em denúncias de esquema fraudulento, como no caso de André Vargas, que teve o mandato de deputado cassado pela Câmara, demonstrou a fragilidade do partido. Porém, não defendeu uma volta às origens do PT, pois, em sua opinião, a sociedade brasileira passou por mudanças, alterando a forma de pensar ao longo dos anos. "Quando se está em espaço de poder, os benefícios surgem e os problemas são as pessoas que cedem a estas tentações", afirmou.
Nos casos dos petistas que participaram do esquema conhecido como Mensalão, no Governo Lula, Elmano de Freitas afirma que, em sua avaliação, o caso foi de caixa dois e diz ter defendido o afastamento dos envolvidos de suas funções. Para as eleições de 2016, o petista acredita que a decepção da população é com todos os partidos, afirmando ainda que os melhores nomes para a disputa estão no PT.

Mãe forja abandono de criança em Caucaia

Foto_Uma mulher relatou o falso abandono de uma criança, na noite da última quinta-feira (16), no município de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza. A mulher informou aos policiais da 1ª Companhia do 2º Batalhão Comunitário (BPcom) que a criança foi abandonada em uma parada de ônibus, no Centro de Caucaia. Na delegacia a mulher acabou confessando que tudo era uma "invenção". 
A história circulou nas redes sociais e grupos do WhatsApp durante toda a tarde de ontem. Ela informou à Polícia que uma senhora em um carro preto estacionou o veículo e deixou a criança em uma parada de ônibus. Após o ocorrido, a suspeita teria saído em alta velocidade do local.
Depois de alimentar e dar banho no menino, a mulher acionou a Polícia pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops). Chegando à residência, os PMs levaram o menino até a unidade do Conselho Tutelar do município, onde de lá, foi levada a um abrigo no Nova Metrópole
Na madrugada de ontem, a mulher foi ouvida pelo delegado plantonista de Caucaia e acabouconfessando que inventou toda a situação, pois estava sem condições de cuidar do garoto e também o pai não querer assumir a criança. 
Por decisão da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Caucaia, o garoto foi retirado da mãe e está em um abrigo do Conselho Tutelar, no município. O caso segue sendo investigado pela Polícia.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Bandeira diz que ida de Luxa para o São Paulo ficará "só na especulação"

Eduardo Bandeira de Mello (Foto: Reprodução do SporTV)Presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello não está preocupado com o risco de perderVanderlei Luxemburgo para o São Paulo, que procura um substituto para Muricy Ramalho e que tem no treinador rubro-negro um dos nomes cotados para a vaga. Em evento no Rio de Janeiro, o mandatário do Fla disse que a possibilidade de transferência não passará de "especulação".
- O Flamengo não foi procurado por ninguém sobre nenhum interesse. Mas para quem tem um treinador consagrado como o nosso é natural que esse tipo de especulação surja. Mas tenho certeza que vai ficar só na especulação - garantiu Bandeira de Mello.
Na última segunda-feira, Vanderlei Luxemburgo participou do "Bem, Amigos!" e disse que ouviria uma proposta do São Paulo
- Quando discuti contrato com Flamengo ficou claro que teria uma multa de ir e vir. Eu tenho multa para pagar e o Flamengo tem multa para pagar. Se ele não estiver satisfeito comigo, me manda embora e se eu não estiver satisfeito, vou para outro lugar. E se eu tiver proposta de alguém tenho direito de discutir a proposta - declarou o técnico, na ocasião. 
Bandeira de Mello falou ainda sobre o interesse em Pablo Armero, do Udinese, da Itália. O dirigente, porém, não quis dar detalhes da negociação com o colombiano.
- Quando der para cravar esse ou qualquer outro jogador terei prazer em comunicar. Mas, no momento, a negociação prossegue. Vamos torcer para tudo dar certo - disse.
O Fla volta a campo nesta quarta, diante do Nova Iguaçu, às 22h, no Moacyrzão. Se vencer, a equipe conquista a Taça Guanabara, destinada hoje ao time de melhor campanha na fase de classificação do Campeonato Carioca.

sábado, 4 de abril de 2015

Mais de 60 municípios cearenses registram chuvas nas últimas 24h

Naira deverá passar por cirurgia nos próximos dias, dizem os médicos (Foto: Marcélio Bezerra/TV Verdes Mares)A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou, das 7h da sexta-feira (3) às 7h do sábado (4), chuvas em 66 dos 184 municípios. Os dados foram colhidos até as 9h deste sábado e podem ser atualizados ao longo do dia. A cidade de Cruz teve a maior precipitação do período, com 167.4 milímetros. Em seguida, vem Acaraú, com 108.4 mm, Amontada, com 96 mm, e Granja, com 84 mm.

De acordo com os dados da Funceme, na capital cearense, choveu 28 mm de sexta para sábado. Até agora, a precipitação foi a maior em volume de abril em Fortaleza e causou alagamentos nas ruas. Uma mulher foi atingida por um raio no Bairro Canindezinhona tarde da sexta-feira (3).
Naiara Ferreira Gomes, de 20 anos, estava deitada em uma rede quando foi surpreendida com o raio que destruiu o telhado da casa e a atingiu. Além do raio, ela foi atingida por telhas que caíram sobre ela. Naiara teve ferimentos na cabeça e os tendões rompidos de um dedo da mão direita devido à queda dos escombros; e também sofreu uma queimadura na nuca.
Confira as dez mais maiores chuvas por municípios das 7h de sexta às 7h do sábado: 
Cruz (Posto: Cruz) : 167.4 mm
Acaraú (Posto: Aranau) : 108.4 mm
Amontada (Posto: Icarai De Amontada) : 96.0 mm
Granja (Posto: Granja) : 84.0 mm
Uruoca (Posto: Paracua) : 70.0 mm
Martinópole (Posto: Martinopole) : 66.0 mm
Senador Sá (Posto: Senador Sa) : 65.0 mm
Camocim (Posto: Camocim) : 62.0 mm
São Gonçalo Do Amarante (Posto: Sede) : 60.6 mm
Granja (Posto: Parazinho) : 55.0 mm

Suspeito de matar mulher em tiroteio na Tijuca, Zona Norte do Rio, é preso

Lúcio Mauro Vieira de Araújo Junior é suspeito do assassinato na Tijuca (Foto: Cristiane Cardoso/G1)Agentes da 19ª DP (Tijuca) prenderam, neste sábado (4), Lúcio Mauro Vieira de Araujo Junior. Segundo a Polícia Civil, ele é acusado pela morte de Silvia Maria Arnaut da Costa, de 49 anos, durante um tiroteio em uma tentativa de assalto nesta quinta-feira (3), na Tijuca, Zona Norte do Rio. e identificamos a mãe, a irmã, a companheira dele", afirmou a delegada.
O suspeito foi capturado em Manguinhos. Contra ele, foi cumprido um mandado de prisão por latrocínio. Lúcio havia sido preso em setembro do ano passado por roubo qualificado na região da Tijuca, e foi posto em liberdade em fevereiro deste ano.
Imagens ajudaram
A Polícia Civil identificou Lúcio Mauro cinco horas após o crime, e a prisão foi feita 48 horas após o assassinato. "A partir das imagens das câmeras do local, nós conseguimos identificar a placa da moto e a partir da placa, nós chamamos todos os anteriores proprietários e conseguimos identificá-lo".
A operação, que terminou com a prisão do suspeito, também contou com o apoio de policiais militares. "Ele foi preso no [conjunto de favelas em Manguinhos, na Zona Norte] Mandela. A operação começou na Mangueira. Contamos com a ajuda, com a colaboração da UPP da Mangueira, e depois conseguimos prendê-lo na Mandela", acrescentou a delegada.
Lúcio Mauro deve responder por latrocínio — roubo seguido de morte. A polícia ainda analisa imagens de câmeras de vigilância da região e fará confronto balístico para saber exatamente de onde partiu o disparo.
Segundo suspeito
Sobre a possível presença de um segundo suspeito envolvido na ação, a delegada afirmou que "as imagens mostram que a princípio não existia uma segunda pessoa com" o preso.
Ainda de acordo com Daniela, Lúcio admitiu em depoimento que "ele estava indo roubar. Que ele abordou uma pessoa e que foi surpreendido por um policial".
Advogada foi morta
O corpo de Silvia foi enterrado na tarde desta sexta-feira (3), no Cemitério do Caju, na Zona Norte do Rio. A advogada foi baleada na tarde de quinta-feira (2) durante uma tentativa de assalto na Tijuca, também na Zona Norte.
A vítima chegou a ser levada para o Hospital do Andaraí, mas morreu no local. Segundo testemunhas, os suspeitos conseguiram fugir e um deles teria sido atingido por um tiro.
Após ser baleada, Silvia recebeu atendimento de uma socorrista do Corpo de Bombeiros. As imagens exibidas pelo RJTV mostram Patricia Resende realizando uma massagem cardíaca na vítima.
"Eu faço medicina do trabalho e estava prestando serviço em uma loja da galeria. Ela sangrava muito e eu percebi que ela não estava mais consciente", contou Patrícia, presente ao sepultamento.
Fernando Beneto, cunhado de Silvia, disse estar muito abalado com a situação e pediu providências para o governo.
"Não é só pelo caso da minha cunhada. É por um caso que aconteceu ontem, anteontem e que acontece todos os dias. O Rio está falido. A única coisa que eu peço é que o governo se coloque no nosso lugar e venha pra rua ver o que está acontecendo", disse Fernando.
Assalto a pedestre
De acordo com o delegado da 19ª DP,  o assalto teria sido a pedestres, fora da galeria, quando um segurança reagiu, dando início à troca de tiros. Os vidros de uma joalheria, que fica dentro da galeria, foram atingidos. Silvia estaria passando pelo local e foi baleada.
Uma motocicleta usada pelos criminosos foi deixada perto do Tijuca Off Shopping, onde fica a loja. Segundo policiais militares, eles fugiram por dentro de um supermercado que fica ao lado e, depois, rendido um motorista de um carro na Rua Santo Afonso, para seguir a fuga.
Em nota, a Monte Carlo informou que os criminosos não chegaram a entrar na loja e apenas a vitrine foi atingida. "Não houve roubo de joias e a vítima baleada não é funcionária da marca", esclarece o texto.

Mãe de menino morto no Alemão se revolta com policiais durante protesto

Terezinha Maria de Jesus, mãe de Eduardo, é contida por familiares diante de PMs (Foto: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO CONTEÚDO) caminhada deste sábado (4) contra a violência no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, teve a presença de Teresinha Maria de Jesus Ferreira, mãe de Eduardo de Jesus, de 10 anos, morto na última quinta (2) durante operação policial. Em certo momento, ela se mostrou revoltada diante de um carro da PM e foi contida por familiares e amigos.

Teresinha não foi a única a demonstrar seu descontentamento com as forças de segurança. As viaturas da Polícia Militar que passavam pelo local recebiam vaias dos manifestantes. 
Os moradores acusam os policiais de agirem com truculência e serem responsáveis pelas mortes de dois moradores nos últimos quatro dias. Para eles, as Unidades de Polícia Pacificadora deveriam se transformar em Unidades de Políticas Públicas. Na quinta, a mãe de Eduardo já havia demonstrado seu lamento em relação à atuação policial.

"Eu marquei a cara dele. Eu nunca vou esquecer o rosto do PM que acabou com a minha vida", disse na ocasião.
Por ser Sábado de Aleluia, os moradores pretendiam queimar um boneco de Judas no final do ato. 

De acordo com a assessoria da Polícia Militar, não houve confronto na madrugada deste sábado em nenhuma comunidade do conjunto de favelas.
Segundo a página do Jornal Voz da Comunidade no Facebook, ator Paulo Betti esteve no conjunto de favelas do Alemão na manhã deste sábado para dar apoio ao protesto.
O policiamento na região está reforçado por policiais das UPPs do Alemão, de outras UPPs e de agentes do Comando de Operações Especiais, que envolve o Batalhão de Ações com Cães (BAC), o Grupamento Aeromóvel, o Batalhão de Operações Especiais (Bope), além de veículos blindados e helicóptero.
Moradores se concentram para protesto no alemão (Foto: Renato Moura/Jornal Voz da Comunidade)
Durante o ato deste sábado, a Coodenadoria de Polícia Pacificadora afirmou que respeita qualquer tipo de manifestação, desde que ela seja pacífica. “Nós trabalhamos para garantir a paz na comunidade do Alemão e nas outras que nós estamos com trabalho de UPP e tem sido muito bom para o Estado do Rio de Janeiro.
 Eu espero que nós tenhamos também manifestações escrito: ‘fora traficante, fora marginais’”, afirmou o major Nogueira, assessor da coordenadoria.
Desde a última quarta, quatro pessoas foram mortas, entre elas um menino de 10 anos e uma mulher que estava em casa com a filha. 
As outras duas vítimas fatais são suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas.
 Além deles, outras três pessoas ficaram feridas nos confrontos.
Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, brincava no celular na porta de casa nesta quinta (2), quando foi baleado. 

A família da criança acusa os policiais militares, que faziam uma operação na comunidade, de ter dado o tiro que matou Eduardo. Nesta sexta (3), a morte do menino gerou protesto de moradores na região. 
Houve confronto entre a PM, que lançou bombas de gás e spray de pimenta, e manifestantes.
Tradicional via sacra que acontece no conjunto de favelas do Alemão na Sexta-feira da Paixão (Foto: Jornal Voz  da Comunidade)
Pelo menos outras duas pessoas foram atingidas por balas perdidas no Alemão desde a tarde desta quarta (1º) – uma mulher morreu e a filha dela ficou ferida. No total, além de Eduardo, outras seis pessoas foram baleadas em dois dias – três morreram. Há cerca de 90 dias seguidos os moradores do Alemão convivem com intensos tiroteios.
Moradores se concentram para protesto no alemão (Foto: Renato Moura/Jornal Voz da Comunidade)
Pela manhã, uma base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), na Rua Canitá, foi atacada. Janelas da unidade, que funciona dentro de um contêiner, foram quebradas. Segundo o CPP, pessoas não identificadas também colocaram fogo em uma caçamba de lixo que fica ao lado da unidade. 
O fogo em um colchão chegou a atingir uma parte da base.

Alemão tem Via Sacra apesar de dia tenso na sexta-feira
A tradicional via sacra, que acontece todos os anos na Sexta-feira da Paixão no Alemão, precisou mudar de trajeto e teve um número bem menor de seguidores este ano.

sábado, 21 de março de 2015

Justiça aceita denúncia contra cartel de trens em São Paulo

 A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo e iniciou uma nova ação contra 11 empresas acusadas de formar um cartel para obter contratos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Este é o segundo processo aberto pela Justiça neste ano por causa do cartel -no primeiro, de janeiro, 15 empresas foram acionadas.
A nova ação diz respeito a contratos de 2000 a 2007, período em que o estado foi governado pelos tucanos Mário Covas, Geraldo Alckmin, e José Serra, além de Claudio Lembo, à época no PFL.
A decisão é do juiz Marcos Pimentel Tamassia. A CPTM também vai responder ao processo. Os promotores analisaram três contratos para a manutenção preventiva de trens da companhia. De acordo com a investigação, as multinacionais se uniram para fraudar licitações.
O MP diz que o esquema era simples. Quando a licitação era lançada, as empresas negociavam entre elas qual o consórcio ou empresa venceria a disputa. E, para isso, os demais competidores se comprometiam a apresentar propostas com preços maiores. Ao todo, 30 executivos de empresas suspeitas foram denunciados em ações diferentes.
A Promotoria pede nesta ação que os escritórios de todas as empresas envolvidas sejam fechados no Brasil porque elas não agiam de boa-fé na execução dos contratos. O MP também quer que as empresas paguem uma indenização de quase R$ 2,5 bilhões ao Estado.
infográfico cartel dos trens caso alstom (Foto: Editoria de Arte/G1)
“Nós entendemos que essas empresas, essas sociedades empresárias, não cumprem o seu papel social. [Elas] Se formaram apenas para atividades ilícitas e para forjar contratos e ganhar contratos através de fraudes licitatórias”, explicou o promotor Marcelo Milani.
São rés as empresas Siemens, Alstom, Bombardier, Mitsui, Temoinsa, Tejofran, MPE, MGE, Ttrans e CAF (a espanhola e sua filial brasileira).
A Bombardier disse que “reitera que jamais se envolveu em qualquer prática anticompetitiva no Brasil”. A Ttrans nega envolvimento. A CAF informou que “tem colaborado com as investigações prestando todas as informações solicitadas e respeita o trabalho das autoridades”. A Alstom diz que “não foi notificada e reitera o cumprimento de seus negócios à legislação brasileira”. A Tejofran disse que não vai se manifestar.
A Mitsui diz que, quando solicitado, “colaborará diligentemente com as autoridades brasileiras e como o processo está em andamento, a empresa não comentará o caso”. A Siemens afirmou que “proativamente compartilhou com o Cade e demais autoridades públicas documentos obtidos durante auditorias internas, que deram origem a investigações” e que “continuará apoiando as autoridades brasileiras em seus esforços”. A MPE disse que "não participa de cartéis e tão logo seja comunicada oficialmente se pronunciará junto a Justiça".
A assessoria de imprensa do PSDB informou que "o partido defende apuração rigorosa e punição rigorosa dos eventuais culpados". Em nota, a CPTM afirmou que vai aguardar a decisão final da Justiça para se pronunciar. O governo do estado disse que só vai se pronunciar quando terminar o processo. O G1procurou as empresas Temoinsa, MGE às 13h30, mas não obteve retorno.
Depoimentos
Um dos argumentos usados pelos promotores foi o depoimento de dois executivos da Siemens. A empresa assinou um acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os promotores pedem que todos os contratos sejam anulados. E que as empresas devolvam aos cofres públicos R$ 481 milhões – valor dos três contratos, sem a correção. O MP agora investiga a participação de servidores públicos no esquema. 
Em janeiro deste ano, a Justiça abriu ação de indenização contra 15 empresas suspeitas de formação de cartel em licitações dos trens do Metrô e da CPTM. O processo foi apresentado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) em agosto de 2013 e, desde então, corre na 4ª Vara da Fazenda Pública.
A princípio, seria incluída apenas a alemã Siemens, que denunciou o cartel. As outras 14 empresas foram incluídas a pedido do Ministério Público Estadual. As fraudes teriam ocorrido entre 1998 e 2008, em governos do PSDB.
Entenda o caso
A investigação de irregularidades nas licitações dos trens do Metrô e da CPTM começou a partir de um acordo de leniência (ajuda nas investigações) feito em 2013 entre umas das empresas acusadas de participar do suposto cartel, a Siemens, e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão ligado ao Ministério da Justiça.
O desdobramento das investigações mostrou, no entanto, que o esquema poderia estar funcionando muito antes da denúncia feita pela Siemens. O suposto pagamento de propinas a governos no Brasil pela empresa Alstom teria tido início em 1997, segundo apuração iniciada pela Justiça da Suíça.
Em 2008, o jornal norte-americano "The Wall Street Journal" revelou investigações em 11 países contra a Alstom por pagamento de propinas entre 1998 e 2003. As suspeitas atingiam obras do Metrô e funcionários públicos. Foi neste ano que o Ministério Público de São Paulo entrou no caso, pedindo informações à Suíça e instaurando seu próprio inquérito.
Também em 2008 um funcionário da Siemens denunciou práticas ilegais no Brasil à sede alemã, dando detalhes do pagamento de propina em projetos do Metrô, CPTM de SP e Metrô DF. Em 2013, a Alstom recebeu multa milionária na Suíça e um de seus vice-presidentes acabou preso nos Estados Unidos.
No Brasil, a Siemens decidiu então fazer a denúncia ao Cade delatando a existência do cartel. Em dezembro, a ação chegou ao Supremo Tribunal Federal. A investigação se ampliou e mostrou que o esquema poderia ser bem mais amplo do que se imaginava.
Em 2014, o Cade ampliou o processo e passou a investigar licitações (de 1998 a 2013) em mais locais, além São Paulo e Distrito Federal. Entraram também nas apurações Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Sobrepreço de R$ 835 milhões
Os cinco contratos investigados somam R$ 2,7 bilhões em valores da época em que foram firmados, segundo cálculos do promotor. Como a intenção verificada era de superfaturar os contratos em aproximadamente 30%, a estimativa do promotor Marcelo Mendroni, do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Delitos Econômicos (Gedec), é que o sobrepreço tenha sido de R$ 835 milhões.
Os contratos em que há suspeita de cartel são: 1) manutenção dos trens das séries S2000, S2100 e S3000, da CPTM; 2) extensão da Linha 2-Verde do Metrô; 3) projeto Boa Viagem, da CPTM; 4) projeto da Linha-5 do Metrô, inicialmente a cargo da CPTM e aquisição de 64 trens pela CPTM.
Em abril do ano passado, a Justiça rejeitou uma das cinco denúncias. O processo era contra quatro empresários suspeitos de fraudar uma licitação para implantar sistemas de Metrô para os trechos Ana Rosa-Ipiranga e Ana Rosa-Vila Madalena, da Linha 2-Verde.
Em sua decisão, o juiz André Carvalho e Silva de Almeida, da 30ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, afirma que “percebe-se que eventual ‘cartel’ formado com vistas a fraudar processo licitatório está inserido na ilícita conduta de fraudar a licitação, de modo que, pelo princípio da especialidade, somente este último deve prevalecer”. Como a fraude à licitação teria ocorrido em janeiro de 2005, o juiz calcula que ele prescreveu em 2013, isto é, oito anos após ter sido praticada.
Polícia Federal
Em dezembro, a Polícia Federal concluiu o inquérito do caso do cartel dos trens em São Paulo e encaminhou o caso para a Justiça Federal. No total, 33 pessoas foram indiciadas por: corrupção ativa, corrupção passiva, cartel, crime licitatório, evasão de divisas e lavagem de dinheiro - os crimes podem ser diferentes conforme o indiciado.
As empresas envolvidas teriam, entre 1998 e 2008, durante governos do PSDB, feito um acordo para dividir entre elas contratos de reformas no Metrô e na Companhia Paulista e Trens Metropolitanos (CPTM).
Entre os indiciados estão executivos que, na época, trabalhavam em empresas multinacionais e também nacionais que, de acordo com a investigação, faziam parte de um esquema que, pelos cálculos do Ministério Público de São Paulo, provocou um rombo de R$ 834 milhões. Também há ex-diretores da CPTM e o atual presidente da companhia.
A PF diz que era um jogo de cartas marcadas. As empresas não só superfaturavam em até 30% o preço das obras e dos trens, como combinavam qual delas faria a proposta vencedora de determinada licitação. Pelo acordo, quem vencia a licitação subcontratava as perdedoras. Para o esquema funcionar, as empresas pagavam propina a servidores públicos. Segundo a PF, lobistas intermediavam os pagamentos.
O esquema foi denunciado pela Siemens. A multinacional alemã fez um acordo com o Comitê Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e, em troca de não ser punida, revelou como funcionava o cartel.