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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Brasil mede temperatura de quem vem de países com ebola

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira que vai começar a medir a temperatura de passageiros provenientes de Libéria, Serra Leoa e Guiné, países da África Ocidental afetados pelo vírus ebola, ampliando as medidas que já vinham sendo implementadas para evitar a disseminação da doença.

Segundo informações divulgadas à imprensa, as ações começaram a ser adotadas no aeroporto de Garulhos, em São Paulo, na madrugada desta sexta, e incluem o fornecimento de informações sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), a necessidade de buscar atendimento médico, sintomas da doença, além da aferição da temperatura.

A febre é um dos sintomas da doença, que já matou cerca de 5.000 pessoas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Guiné, Libéria e Serra Leoa são os países mais afetados pelo surto do vírus.

"Trata-se do aprimoramento de ações que estão sendo discutidas com Estados e municípios e todos os órgãos envolvidos. Este novo monitoramento é uma abordagem fundamentalmente de informação", disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, reafirmando que o risco de transmissão do vírus no Brasil é "baixíssimo".

"É necessário que eles (os passageiros) tenham a garantia de que poderão procurar gratuitamente o SUS, inclusive, já portando a ficha com informações da sua localidade de origem e se ainda encontram-se em período de incubação da doença."

O objetivo das medidas e do material de informação que será disponibilizado aos viajantes em quatro línguas é facilitar a comunicação entre o passageiros e os médicos, segundo o ministério, e ajudar na identificação de possíveis casos suspeitos de ebola.

A doença é transmitida por meio do contato com fluídos corporais de pessoas infectadas ou com o corpo ainda contagioso de alguém que morreu devido à doença. O vírus tem um período de incubação de 21 dias.

No Brasil, houve a suspeita, já descartada, de um paciente de 47 anos, que chegou ao país em 19 de setembro procedente de Guiné e que se declarou refugiado político.

O homem foi considerado um caso suspeito depois de ter recorrido a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Cascavel, no Paraná, após apresentar febre.

Posteriormente, foi internado em isolamento no Rio de Janeiro, mas os exames para o vírus deram negativo.

Um outro paciente chegou a ser colocado em isolamento em Foz do Iguaçu (PR) por suspeita de contaminação, descartada pouco depois após a Secretaria Estadual da Saúde do Paraná constatar que o homem, apesar de ter viajado a vários países, não esteve em nenhum local atingido pelo atual surto de ebola.