segunda-feira, 24 de março de 2014

Durante velório do marido, esposa é presa suspeita de planejar o crime

Um policial de 42 anos foi morto com pelo menos dez facadas em um bar de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais doParaná, na madrugada de domingo (23). Segundo a Polícia Civil, a esposa dele foi presa durante o velório, suspeita de ter participação no crime. Um rapaz de 19 anos também foi preso sob suspeita de estar envolvido no assassinato. Ainda de acordo com a polícia, ele confessou o crime e disse que mantinha um relacionamento com a mulher do militar.
vítima era cabo da Polícia Militar (PM), tinha 24 anos de corporação e era proprietária do bar. O policial estava fechando o estabelecimento quando foi agredido com os golpes de faca. A esposa chegou a chamar o socorro, mas o policial já estava morto.
“Ela afirmou saber da intenção do rapaz, mas disse que não concordava. A mulher contou ainda que tentou fazer com que o jovem desistisse da ideia e não conseguiu”, relata o delegado Flávio Zanin. Ainda segundo a polícia, a mulher escondeu a faca usada no crime em um dos móveis da residência. Os presos vão responder pelo crime de homicídio qualificado, conforme Zanin.


Fonte: GLOBO

Após cartaz homofóbico da torcida do Bayern de Munique, Uefa fecha setor da Allianz Arena

Bávaros enfrentarão o Manchester United com uma parte do estádio interditada para a sua torcida.

Faixa exibida pela torcida do Bayern de Munique no duelo contra o Arsenal (Foto: 101greatgoals)A Uefa anunciou nesta segunda-feira que um setor da Allianz Arena estará fechada na próxima partida do Bayern de Munique como mandante na Liga dos Campeões em razão do comportamento discriminatório dos seus torcedores em um jogo anterior, pelas oitavas de final, diante do Arsenal

Naquela oportunidade, foi exibido um cartaz com um desenho do meia alemão Mesut Özil, trajado com uma camisa do time londrino, mas sem o calção em frente ao canhão que é o símbolo do Arsenal e com inscrição "Gay Gunners" - Gunners é exatamente o apelido da equipe.
Os torcedores do Bayern também exibiram uma outra faixa com as palavras de ordem: "Diga não ao Racismo. Diga sim ao Kosovo". O Kosovo é uma antiga província da Sérvia, cuja proclamação da independência é contestada pela Sérvia.
Com a definição da punição ao Bayern, o setor 124 da Allianz Arena estará fechado e sem público na partida de volta das quartas de final da competição europeia, contra o Manchester United, no dia 9 de abril. Além disso, o clube alemão também foi multado em 10 mil euros (aproximadamente R$ 32 mil) por exibir um "cartaz ilícito".


Fonte: E.I

Gobbi promete até quatro reforços para Brasileiro e diz: 'Vamos gastar

Coletiva da paz palmeiras e Corinthians: Mario Gobbi (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
As próximas semanas prometem ser agitadas no Corinthians. Depois da queda logo na primeira fase do Campeonato Paulista, a diretoria está no mercado em busca de reforços. Após a vitória sobre o Atlético Sorocaba, o presidente Mário Gobbi revelou que mais jogadores chegarão ao clube para a disputa do Brasileirão a partir de 20 de abril. 
- Trabalhamos em busca de reforços, mais três ou quarto. A meta do Corinthians é voltar para a Libertadores em 2015. Eu saio do Paulista com a expectativa de um futuro promissor. O grupo que venceu tudo demorou a ser montado. Tenho mais 11 meses de mandato e possuo um cronograma de metas que a diretoria tem de cumprir. Teremos um segundo semestre bem melhor que o primeiro.

O mandatário garante que o Corinthians tem dinheiro em caixa para fazer bons investimentos e apostar até em jogadores renomados. As posições mais carentes não são reveladas pelo técnico Mano Menezes. No entanto, a direção busca dois atacantes, um lateral-direito e um zagueiro.  
- O poderio financeiro do Corinthians é o mesmo dos últimos anos. Nem mais e nem menos. Temos de saber buscar no mercado. O difícil é achar atalhos e gastar pouco. Com alguns, vamos ter de gastar. E vamos gastar. O cartão de visitas do Corinthians é o time. Sem time forte, ele perde inclusive receitas – ressaltou o presidente. 
Gobbi acredita que a reformulação de parte do grupo feita no primeiro semestre foi decisiva para a eliminação do time. O Corinthians acabou a fase inicial do estadual em terceiro lugar no Grupo B, com 24 pontos, quatro abaixo de Botafogo e Ituano, os classificados.

- Com uma reformulação, você não tem frutos de imediato. Estamos tristes de termos saídos do Paulista. Fizemos grandes clássicos contra Palmeiras e São Paulo, mas não fomos bem contra o Santos. Foi uma judiação, mas é o preço que se paga por uma reformulação.

Fonte: GLOBO

domingo, 23 de março de 2014

População de Fortaleza volta a expor lençóis em janela em pedido de paz

Panos brancos alertam para violência no Ceará (Foto: SOS Ceará/Divulgação)Grupos de Fortaleza voltaram a exibir panos brancos nas janelas de prédios e casas simbolizando o pedido de redução da violência no Ceará. Segundo o Sindicato da Polícia do Ceará, o estado já registra mais de 1.000 homicídios neste ano, 30 neste fim de semana.
O pedido para expor panos brancos surgiu espontaneamente pelas redes sociais e teve adesão de grupos organizados da sociedade civil que reivindicam a redução da violência, como o SOS Ceará.
“Como ONG, nos sentimos na obrigação de apoiar essa iniciativa, obviamente porque a sociedade não aguenta mais tanta violência”, diz Mariana Posses, uma das fundadoras do SOS Ceará.
A manifestação foi motivada pelo anúncio da reportagem do Fantástico para este domingoque cita Fortaleza como a sétima cidade mais violenta do mundo. A informação tem como base o levantamento de ONG mexicana, que lista anualmente as cidades com maior número de homicídios em proporção à habitação.
“Com a manifestação, vamos reforçar a reportagem e chamar atenção da mídia nacionale da sociedade sobre a questão da violência”, completa Mariana Posses.


Fonte: GLOBO

quarta-feira, 19 de março de 2014

Alckmin pede para usar água do Paraíba do Sul no Cantareira

Pedido foi feito em reunião com a presidente Dilma Rousseff.
Como o Paraíba é um rio interestadual, autorização depende da ANA.


A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou nesta segunda que a água do fundo dos reservatórios do Sistema Cantareira poderá abastecer a Grande São Paulo por apenas quatro meses. O chamado "volume morto" deve começar a ser usado entre julho e agosto, de acordo com a companhia.

As obras emergenciais da Sabesp para retirar a água do volume morto começaram na segunda-feira em Nazaré Paulista e Joanópolis. Caminhões, tratores e retroescavadeiras preparam a área para instalar as bombas que vão retirar água do fundo dos reservatórios nas duas cidades.

obra está orçada em R$ 80 milhões e vai tornar útil uma reserva de 300 bilhões de litros de águaque fica abaixo do nível das comportas. Esse volume nunca foi usado porque as bombas não costumam captar água nessa profundidade. Para retirar essa água, a Sabesp está construindo uma tubulação de 3,5 km e nela vai instalar 17 bombas flutuantes.

A ideia da companhia é utilizar 200 dos 300 bilhões de litros do volume morto para garantir o abastecimento de quem recebe água do Sistema Cantareira. O diretor da Sabesp admite que a captação do volume morto deve ajudar a diminuir a crise do abastecimento no curto prazo. Isso porque o sistema pode levar muito tempo para se recuperar do período de seca.

"É uma represa enorme, nossa experiência de 2003, 2004 (mostra que) levamos dois anos prarecuperar o nível dos reservatórios", afirmou Paulo Massaro, diretor metropolitano da Sabesp. A empresa garante que essa água é de boa qualidade e também estuda aumentar a captação de água dos reservatórios Guarapiranga e Alto Tietê para o Sistema Cantareira.


Segundo um cálculo feito pelo professor especialista em recursos hídricos da Universidade de São Paulo (USP) Rubem Porto, com um índice de armazenamento de 15% e sem chuva, a água do Cantareira deve durar até setembro. Com o uso do volume morto, o abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo ganha um "respiro" até fevereiro de 2015.

Formação do Paraíba do Sul
O Rio Paraíba do Sul é formado pela união de dois rios que nascem em terras paulistas: os rios Paraiba (com nascente em Cunha) e Paraitinga (com nascente em Areias). A confluência desses dois rios e a formação do Paraíba do Sul ocorre perto do município paulista chamado Paraibuna, que fica a cerca de 120 km da capital paulista.

Duelos de extremos em mais uma Copa do Brasil

Um dos atrativos da Copa do Brasil, especialmente agora, já em sua reta final, são os jogos entre equipes que somente nela podem se encontrar e que, muitas vezes, estão em muitos campos opostos.

Na quarta-feira passada, dia 12, o time mais valioso dessa edição da Copa, o São Paulo, enfrentou o CSA, 44º colocado e, curiosamente, bem no meio da tabela que vocês verão mais abaixo.

Ainda no dia 12, um jogo de grandes extremos: o 10º colocado, Internacional, contra o 61º, o Remo. Até mais extremada que essas posições de ranking, é a distância geográfica que separa a Porto Alegre do Inter da Belém do Pará do Remo: 3.190 quilômetros, praticamente 30 graus de latitude de diferença entre uma, bem próxima do Equador, e outra bem ao sul do Trópico de Capricórnio.

E hoje à noite teremos outro duelo de grandes extremos: o 7º do ranking, o Corinthians, contra o Bahia de Feira de Santana, 69º colocado.

As diferenças de elencos, naturalmente, pesam na balança, mas...
Pois é, no futebol, e particularmente no futebol brasileiro, essas diferenças às vezes dizem muito apenas fora do gramado e lá dentro das quatro linhas tudo muda de figura. No popular “onze contra onze” não poucas vezes o menor levar a melhor. Essa situação se repete em outros países em suas copas domésticas. É relativamente comum vermos um dos poderosos esquadrões da Premier League ser derrubado por um time de uma das divisões inferiores do futebol inglês. Recentemente, e pelo segundo ano, o milionário Manchester City foi derrotado pelo Wigan, da segunda divisão inglesa.

Para deixar ainda mais interessante o acompanhamento desses duelos de extremos na Copa do Brasil, temos o levantamento da Pluri Consultoria com o valor de mercado estimado dos elencos dos 87 times que estão na disputa.

Nessa edição, o valor combinado das equipes é de quase quatro bilhões de reais – R$ 3,83 bilhões, equivalentes hoje a € 1,17 bilhão. Há uma queda de 8% em relação ao valor total de 2013, em parte puxada pela desvalorização dos elencos do Corinthians e do Santos – 48,7% e 48,6% a menos, respectivamente.

Apesar disso, a Copa do Brasil é a competição com maior valor de mercado de seus times nas Américas, superando o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores de América.
Vamos a alguns destaques feitos pela Pluri e, na sequência, as tabelas.

Destaques

Os 87 clubes participantes da Copa Sadia do Brasil 2014 possuem 2.569 jogadores em seus elencos, que juntos tem valor de mercado de € 1,17 bilhão, ou R$ 3,83 bilhões.
O São Paulo é o elenco mais valioso da competição, com valor de mercado de € 73,8 milhões (R$ 241 milhões). Em seguida vem o Cruzeiro com € 68,1 milhões (R$ 223 milhões) e o Santos com € 59,2 milhões (R$ 194 milhões).
Por outro lado, os times menos valiosos são o Barbalha, do Ceará (R$ 1,0 milhão), seguido pelo Santos, do Amapá (R$ 1,5 milhão) e pelo Náutico, de Roraima (R$ 1,3 milhão).
Em função da natureza da competição, a Copa do Brasil apresenta enorme desequilíbrio entre o valor de mercado das equipes participantes. A equipe mais valiosa (São Paulo) possui valor 186 vezes superior à equipe de menor avaliação (Barbalha). Porém, apesar de muito elevado, este valor é bem inferior ao verificado em 2013, quando a relação atingiu 300 vezes.
O elenco que mais se valorizou em relação a 2013 foi o do Sampaio Correa, com elevação de 141%.

Por outro lado, o Corinthians foi elenco que mais reduziu seu valor de mercado em relação a 2013, -48,7%, seguido pelo Santos com -48,6%.


Fonte: GLOBO

A Corrupção na Ditadura Militar.

Moralismo capenga
O combate à corrupção foi palavra de ordem durante a ditadura. Nos porões do regime, porém, a ilegalidade prevaleceu.
Heloisa Maria Murgel Starling
Combater a corrupção e derrotar o comunismo: esses eram os principais objetivos que fermentavam os discursos nos quartéis, às vésperas do golpe que derrubou o governo João Goulart, em março de 1964. A noção de corrupção dos militares sempre esteve identificada com uma desonestidade específica: o mau trato do dinheiro público. Reduzia-se a furto. Na perspectiva da caserna, corrupção era resultado dos vícios produzidos por uma vida política de baixa qualidade moral e vinha associada, às vésperas do golpe, ao comportamento viciado dos políticos diretamente vinculados ao regime nacional-desenvolvimentista.
Animado por essa lógica, tão logo iniciou seu governo, o marechal Castello Branco (1964-1967) prometeu dar ampla divulgação às provas de corrupção do regime anterior por meio de um livro branco da corrupção – promessa nunca cumprida, certamente porque seria preciso admitir o envolvimento de militares nos episódios relatados. Desde o início o regime militar fracassou no combate à corrupção, o que se deve em grande parte a uma visão estritamente moral da corrupção.
Essa redução do político ao que ele não é – a moral individual, a alternativa salvacionista – definiu o desastre da estratégia de combate à corrupção do regime militar brasileiro, ao mesmo tempo em que determinou o comportamento público de boa parte de seus principais líderes, preocupados em valorizar ao extremo algo chamado de decência pessoal.
Os resultados da moralidade privada dos generais foram insignificantes para a vida pública do país. O regime militar conviveu tanto com os corruptos, e com sua disposição de fazer parte do governo, quanto com a face mais exibida da corrupção, que compôs a lista dos grandes escândalos de ladroagem da ditadura. Entre muitos outros estão a operação Capemi (Caixa de Pecúlio dos Militares), que ganhou concorrência suspeita para a exploração de madeira no Pará, e os desvios de verba na construção da ponte Rio–Niterói e da Rodovia Transamazônica. Castello Branco descobriu depressa que esconjurar a corrupção era fácil; prender corrupto era outra conversa: “o problema mais grave do Brasil não é a subversão. É a corrupção, muito mais difícil de caracterizar, punir e erradicar”.
A declaração de Castello foi feita meses depois de iniciados os trabalhos da Comissão Geral de Investigações. Projetada logo após o golpe, a CGI conduzia os Inquéritos Policiais-Militares que deveriam identificar o envolvimento dos acusados em atividades de subversão da ordem ou de corrupção. Com jurisdição em todo o território nacional, seus processos obedeciam a rito sumário e seus membros eram recrutados entre os oficiais radicais da Marinha e da Aeronáutica que buscavam utilizar a CGI para construir uma base de poder própria e paralela à Presidência da República.
O Ato Institucional n.º 5, editado em 13 de dezembro de 1968, deu início ao período mais violento e repressivo do regime ditatorial brasileiro – e, de quebra, ampliou o alcance dos mecanismos instituídos pelos militares para defender a moralidade pública. Uma nova CGI foi gerada no âmbito do Ministério da Justiça com a tarefa de realizar investigações e abrir inquéritos para fazer cumprir o estabelecido pelo Artigo 8º. do AI-5, em que o presidente da República passava a poder confiscar bens de “todos quantos tenham enriquecido, ilicitamente, no exercício de cargo ou função pública”.
Para agir contra a corrupção e dar conta da moralidade pública, os militares trabalharam tanto com a natureza ditatorial do regime como com a vantagem fornecida pela legislação punitiva. Deu em nada. Desde 1968 até 1978, quando foi extinta pelo general Geisel, a CGI mancou das duas pernas. Seus integrantes alimentaram a arrogante certeza de que podiam impedir qualquer forma de rapinagem do dinheiro público, através da mera intimidação, convocando os cidadãos tidos como larápios potenciais para esclarecimentos.
A CGI atribuiu-se ainda a megalomaníaca tarefa de transformar o combate à corrupção numa rede nacional, atuando ao mesmo tempo como um tribunal administrativo especial e como uma agência de investigação e informação. Acabou submergindo na própria mediocridade, enredada em uma área de atuação muito ampla que incluía investigar, por exemplo, o atraso dos salários das professoras municipais de São José do Mipibu, no Rio Grande do Norte; a compra de adubo superfaturado pela Secretaria de Agricultura de Minas Gerais e as acusações de irregularidades na Federação Baiana de Futebol. Entre 1968 e 1973 os integrantes da comissão produziram cerca de 1.153 processos. Desse conjunto, mil foram arquivados; 58 transformados em propostas de confisco de bens por enriquecimento ilícito, e 41 foram alvo de decreto presidencial.
Mas o fracasso do combate à corrupção não deve ser creditado exclusivamente aos desacertos da Comissão Geral de Investigações ou à recusa de membros da nova ordem política em pagar o preço da moralidade pública. A corrupção não poupou a ditadura militar brasileira porque estava representada na própria natureza desse regime. Estava inscrita em sua estrutura de poder e no princípio de funcionamento de seu governo. Numa ditadura onde a lei degradou em arbítrio e o corpo político foi esvaziado de seu significado público, não cabia regra capaz de impedir a desmedida: havia privilégios, apropriação privada do que seria o bem público, impunidade e excessos.
A corrupção se inscreve na natureza do regime militar também na sua associação com a tortura – o máximo de corrupção de nossa natureza humana. A prática da tortura política não foi fruto das ações incidentais de personalidades desequilibradas, e nessa constatação reside o escândalo e a dor. A existência da tortura não surgiu na história desse regime nem como algo que escapou ao controle, nem como efeito não controlado de uma guerra que se desenrolou apenas nos porões da ditadura, em momentos restritos.
Ao se materializar sob a forma de política de Estado durante a ditadura, em especial entre 1969 e 1977, a tortura se tornou inseparável da corrupção. Uma se sustentava na outra. O regime militar elevou o torturador à condição de intocável: promoções convencionais, gratificações salariais e até recompensa pública foram garantidas aos integrantes do aparelho de repressão política. Caso exemplar: a concessão da Medalha do Pacificador ao delegado Sérgio Paranhos Fleury (1933-1979).
A corrupção garantiu a passagem da tortura quando esta precisou transbordar para outras áreas da atividade pública, de modo a obter cumplicidade e legitimar seus resultados. Para a tortura funcionar é preciso que na máquina judiciária existam aqueles que reconheçam como legais e verossímeis processos absurdos, confissões renegadas, laudos periciais mentirosos. Também é necessário encontrar gente disposta a fraudar autópsias, autos de corpo de delito e a receber presos marcados pela violência física. É preciso, ainda, descobrir empresários dispostos a fornecer dotações extra-orçamentárias para que a máquina de repressão política funcione com maior precisão e eficácia.
A corrupção quebra o princípio da confiança, o elo que permite ao cidadão se associar para interferir na vida de seu país, e ainda degrada o sentido do público. Por conta disso, nas ditaduras, a corrupção tem funcionalidade: serve para garantir a dissipação da vida pública. Nas democracias – e diante da República – seu efeito é outro: serve para dissolver os princípios políticos que sustentam as condições para o exercício da virtude do cidadão. O regime militar brasileiro fracassou no combate à corrupção por uma razão simples – só há um remédio contra a corrupção: mais democracia.

'Cão leão' é vendido por R$ 4,4 milhões em evento na China

Um mastim tibetano foi vendido na China por quase dois milhões de dólares, uma das maiores quantias pagas por um cão no mundo, informa a imprensa chinesa.
comprador, um rico promotor imobiliário, pagou 12 milhões de yuanes (mais de R$ 4,4 milhões) para adquirir o animal de um ano de idade e 90 kg em uma exposição na província de Zhejiang, informa o jornal "Qianjiang".
Os mastins tibetanos são comparados frequentemente aos leões por sua impressionante semelhança. A raça passou a ser muito cobiçada pelos milionários chineses e virou símbolo destatus social.
Animais são famosos devido a semelhanças com um leão (Foto: STR/AFP)O preço dos animais disparou nos últimos anos.
"Têm sangue de leão e são a flor e a nata dos machos reprodutores na família dos mastins",afirmou o criador Zhang Gengyun ao jornal Qianjiang.
A raça, que em alguns casos pode ser agressiva, se adapta às condições climáticas extremas e à altitude. Tradicionalmente os mastins são muito apreciados pelos pastores nômades da ÁsiaCentral.
Mastins tibetano à esquerda foi vendido por mais de R$ 4,4 milhões em evento na China (Foto: STR/AFP)Os proprietários os consideram bons cães de guarda e muito leais.

Fonte: GLOBO

Argentina de 39 anos morre após injetar vaselina nos seios

argentina Sonia Pérez Llanzon, de 39 anos, morreu vítima de uma embolia pulmonar (obstrução de artérias ou veias dos pulmões) provocada por uma injeção de vaselina nos seios feita com fins estéticos, informou uma fonte médica à imprensa local na terça-feira (18).

Sonia Pérez Llanzon morreu vítima de uma embolia pulmonar (Foto: Reprodução/Facebook/Sonia Perez Llanzon)"Sonia Pérez Llanzon deu entrada (no hospital) com lesões nas mamas. Eram como golpes", relatou o médico Julio Plá Cárdenas, chefe da clínica cirúrgica do Hospital Lucio Molas de Santa Rosa, cidade localizada 640 km ao sudoeste de Buenos Aires. A paciente ficou um mês internada.

Segundo o médico, a mulher não quis informar como injetou o produto nem se recebeu ajuda de outra pessoa.
"Primeiro, ela negou tudo, mas depois confessou que aplicou vaselina, um líquido oleoso, feito com petróleo, muito denso", explicou Cárdenas, advertindo sobre os riscos dessa prática.
A vaselina chegou à corrente sanguínea de Sonia e depois afetou seus pulmões, causando-lhedificuldades respiratórias. A paciente então passou a respirar com a ajuda de aparelhos.
"Em toda a minha vida profissional, nunca vi um caso assim. O organismo tem anticorpos para remover bactérias e vírus, mas contra esse tipo de elemento não há mecanismos", disse o especialista ao jornal "La Arena", de Santa Rosa.
A argentina, que vivia na mesma cidade onde morreu, amava praticar esportes, dedicava-se ao atletismo e ao boxe e estava constantemente preocupada com sua imagem, contaram seus familiares.
No país, onde o culto ao corpo é uma obsessão de homens e mulheres, as cirurgias para aumento de seios e glúteos, entre outras partes, cresceram 500% nos últimos quatro anos, de acordo comdados divulgados no IV Congresso Argentino de Especialidades em Medicina Estética, realizado em fevereiro.
A preocupação com o abuso dessas práticas levou uma deputada do país a apresentar, também no mês passado, um projeto de lei que proíbe operações estéticas em menores de 18 anos.
Argentina está entre os 25 países onde mais se fazem cirurgias plásticas com fins estéticos, segundo um estudo da Sociedade internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês).

Fonte: GLOBO