Um dos atrativos da Copa do Brasil, especialmente agora, já em sua reta final, são os jogos entre equipes que somente nela podem se encontrar e que, muitas vezes, estão em muitos campos opostos.
Na quarta-feira passada, dia 12, o time mais valioso dessa edição da Copa, o São Paulo, enfrentou o CSA, 44º colocado e, curiosamente, bem no meio da tabela que vocês verão mais abaixo.
Ainda no dia 12, um jogo de grandes extremos: o 10º colocado, Internacional, contra o 61º, o Remo. Até mais extremada que essas posições de ranking, é a distância geográfica que separa a Porto Alegre do Inter da Belém do Pará do Remo: 3.190 quilômetros, praticamente 30 graus de latitude de diferença entre uma, bem próxima do Equador, e outra bem ao sul do Trópico de Capricórnio.
E hoje à noite teremos outro duelo de grandes extremos: o 7º do ranking, o Corinthians, contra o Bahia de Feira de Santana, 69º colocado.
As diferenças de elencos, naturalmente, pesam na balança, mas...
Pois é, no futebol, e particularmente no futebol brasileiro, essas diferenças às vezes dizem muito apenas fora do gramado e lá dentro das quatro linhas tudo muda de figura. No popular “onze contra onze” não poucas vezes o menor levar a melhor. Essa situação se repete em outros países em suas copas domésticas. É relativamente comum vermos um dos poderosos esquadrões da Premier League ser derrubado por um time de uma das divisões inferiores do futebol inglês. Recentemente, e pelo segundo ano, o milionário Manchester City foi derrotado pelo Wigan, da segunda divisão inglesa.
Para deixar ainda mais interessante o acompanhamento desses duelos de extremos na Copa do Brasil, temos o levantamento da Pluri Consultoria com o valor de mercado estimado dos elencos dos 87 times que estão na disputa.
Nessa edição, o valor combinado das equipes é de quase quatro bilhões de reais – R$ 3,83 bilhões, equivalentes hoje a € 1,17 bilhão. Há uma queda de 8% em relação ao valor total de 2013, em parte puxada pela desvalorização dos elencos do Corinthians e do Santos – 48,7% e 48,6% a menos, respectivamente.
Apesar disso, a Copa do Brasil é a competição com maior valor de mercado de seus times nas Américas, superando o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores de América.
Vamos a alguns destaques feitos pela Pluri e, na sequência, as tabelas.
Destaques
Os 87 clubes participantes da Copa Sadia do Brasil 2014 possuem 2.569 jogadores em seus elencos, que juntos tem valor de mercado de € 1,17 bilhão, ou R$ 3,83 bilhões.
O São Paulo é o elenco mais valioso da competição, com valor de mercado de € 73,8 milhões (R$ 241 milhões). Em seguida vem o Cruzeiro com € 68,1 milhões (R$ 223 milhões) e o Santos com € 59,2 milhões (R$ 194 milhões).
Por outro lado, os times menos valiosos são o Barbalha, do Ceará (R$ 1,0 milhão), seguido pelo Santos, do Amapá (R$ 1,5 milhão) e pelo Náutico, de Roraima (R$ 1,3 milhão).
Em função da natureza da competição, a Copa do Brasil apresenta enorme desequilíbrio entre o valor de mercado das equipes participantes. A equipe mais valiosa (São Paulo) possui valor 186 vezes superior à equipe de menor avaliação (Barbalha). Porém, apesar de muito elevado, este valor é bem inferior ao verificado em 2013, quando a relação atingiu 300 vezes.
O elenco que mais se valorizou em relação a 2013 foi o do Sampaio Correa, com elevação de 141%.
Por outro lado, o Corinthians foi elenco que mais reduziu seu valor de mercado em relação a 2013, -48,7%, seguido pelo Santos com -48,6%.
Fonte: GLOBO