Quarenta palestinos morreram na manhã deste domingo (3) após ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, segundo novo balanço divulgado pelos serviços de emergência locais.
Um dos ataques atingiu uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e matou pelo menos 10 pessoas, de acordo com a Reuters. Outras 30 pessoas ficaram feridas.
Um dos ataques atingiu uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e matou pelo menos 10 pessoas, de acordo com a Reuters. Outras 30 pessoas ficaram feridas.
A agência diz que o ataque foi supostamente promovido por Israel, no entanto, o Exército israelense se negou a comentar o incidente.
Os médicos e testemunhas disseram que um míssil lançado por um avião atingiu a entrada da escola.
Chris Gunness, porta-voz da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNWRA), afirmou que a escola abrigava milhares de deslocados palestinos internos pela operação de Israel na Faixa de Gaza que pretende destruir as infraestruturas do Hamas.
"Segundo as primeiras informações, há vários mortos e feridos na escola da UNWRA em Rafah após o bombardeio", escreveu Gunness em sua conta do Twitter.
Esta é a terceira vez em 10 dias que as bombas atingem uma escola da ONU, quatro dias depois de um bombardeio do exército israelense contra um colégio na cidade de Jabaliya que matou 16 pessoas, a maioria crianças, em um ataque condenado pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Mais cedo, a France Presse reportou a morte de 12 palestinos em ataques aéreos, sendo nove vítimas de Rafah e três do centro da Faixa de Gaza. A agência também divulgou que o Exército de Israel retirou algumas tropas da Faixa de Gaza e mudou a posição de outras tropas que estão no território.
A cidade de Rafah, próxima da fronteira com o Egito, é cenário de bombardeios desde sexta-feira, quando a morte de três soldados israelenses encerrou uma breve trégua que havia sido aceita tanto por Israel como pelo movimento islamita palestino Hamas.
Os ataques anteriores contra escolas das Nações Unidas provocaram uma onda de indignação internacional.
Este é o 27º dia do recente conflito entre Israel e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza. A ofensiva, destinada a impedir o lançamento de foguetes a partir de Gaza e destruir os túneis construídos por combatentes palestinos para possibilitar a entrada no território de Israel, também provocou a morte de 64 soldados israelenses e de três civis.
Do lado palestino, a operação matou mais de 1.850 pessoas, em sua maioria civis.
Segundo disseram fontes à Reuters, a delegação com membros de grupos militantes palestinos como o Hamas e a Jihad Islâmica chegou neste domingo ao Cairo para conversas indiretas sobre um cessar-fogo com Israel, que serão conduzidas por autoridades egípcias e norte-americanas.
Israel anunciou no sábado que não enviará representantes, como o programado.
Israel anunciou no sábado que não enviará representantes, como o programado.
Conflito continua
O exército israelense confirmou neste domingo pela primeira vez oficialmente que iniciou a retirada de alguns soldados, sem revelar o número, ao mesmo tempo que deslocava outras tropas dentro da Faixa de Gaza.
O exército israelense confirmou neste domingo pela primeira vez oficialmente que iniciou a retirada de alguns soldados, sem revelar o número, ao mesmo tempo que deslocava outras tropas dentro da Faixa de Gaza.
Ao ser questionado pela AFP sobre uma possível retirada parcial, o porta-voz do exército, Peter Lerner, respondeu de maneira afirmativa, mas fez questão de destacar que a operação ainda está em curso.
Neste sábado, uma autorização para retirada de algumas tropas israelenses chegou a ser vista como sinal de que Israel poderia dar fim ao conflito, após destruir os túneis construídos pelo Hamas na fronteira da Faixa de Gaza.
No entanto, as declarações do primeiro-ministro Netanyahu, de que Israel manterá a operação "pelo tempo que for necessário", diminuem expectativas de uma resolução imediata.
No entanto, as declarações do primeiro-ministro Netanyahu, de que Israel manterá a operação "pelo tempo que for necessário", diminuem expectativas de uma resolução imediata.
A ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, iniciada em 8 de julho, provocou a morte de pelo menos 296 crianças e adolescentes palestinos, segundo anunciou o Unicef.
Mais de 1.650 palestinos, em sua ampla maioria civis, morreram em consequência da ofensiva israelense. No mesmo período, morreram do lado israelense 63 pessoas, em sua maioria militares.
O Estado de Israel acusa o movimento islamita palestino Hamas, que controla Gaza, de usar a população como "escudo humano".