sexta-feira, 22 de agosto de 2014

STF abre inquérito contra Collor por Operação Lava Jato

Candidato à reeleição, o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL) está às voltas com nova investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Quatro meses depois de ter se livrado da última acusação a que respondia na corte ainda referente à sua turbulenta passagem pelo Planalto, Collor agora é alvo de um inquérito para apurar suas relações com o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato sob a acusação de ser um dos chefes de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou ilegalmente R$ 10 bilhões no país e jogou a Petrobras para o centro de duas CPIs no Congresso.

A suspeita sobre o ex-presidente foi remetida ao Supremo, onde correm as investigações envolvendo parlamentares federais e outras autoridades, pelo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Fernando Moro, após a Polícia Federal identificar comprovantes bancários que mostravam depósitos feitos pelo doleiro, no valor de R$ 50 mil, na conta do senador. Segundo a PF, o repasse foi dividido em oito depósitos em espécie: R$ 1.500, R$ 9 mil, R$ 1.500, R$ 9 mil, R$ 8 mil, R$ 9 mil, R$ 8 mil e R$ 4 mil.

Quando a notícia sobre os depósitos foi revelada, Collor reagiu. “Não sou alvo de nenhuma investigação, menos ainda suspeito naqueles inquéritos”, disse o senador da tribuna do Senado em 26 de maio. De lá para cá, a situação mudou. O Congresso em Foco localizou na página do Supremo na internet o Inquérito 3883, até então desconhecido do público em geral. O procedimento foi aberto no dia 7 de julho pelo ministro Teori Zavascki, depois que a Justiça Federal no Paraná enviou para o Supremo 67 páginas de documentos.

Zavascki designou o juiz Márcio Schiefler para cuidar do caso. Há duas semanas, foi publicada a decisão de Schiefler para mandar a papelada à Procuradoria-Geral da República, que vai começar o trabalho de apuração de fato. O inquérito contra Collor não tem ligação com a nova fase da Operação Lava Jato, iniciada nesta sexta-feira (22) e que tem como principal alvo  o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Sem explicação

Collor nunca explicou a origem do dinheiro em suas contas, mas garantiu não ter relações com Yousseff. Em maio, disse que pediria “dados mais concretos” a Moro e Zavascki antes de prestar esclarecimentos. “Não convém, de forma prematura, alimentar uma contenda”, disse ele, ao criticar a revista Veja, que noticiara os fatos.

Passados três meses, o Congresso em Foco procurou Collor novamente. Mas, na quinta-feira (21), o site não obteve nenhuma explicação dele e de seus assessores sobre a origem dos depósitos de Yousseff ou mesmo dos “dados mais concretos” que o ex-presidente buscava.

Para a Polícia Federal, o doleiro era o verdadeiro dono do Laboratório Labogen, que firmou parcerias no Ministério da Saúde com o apoio do ex-vice-presidente da Câmara André Vargas (ex-PT-PR), que, para o Conselho de Ética da Casa, deve ter seu mandato cassado. A PF suspeita que um dos sócios do doleiro na empresa seja Pedro Paulo Leoni Ramos, amigo e ex-integrante do governo Collor.

O ex-presidente não nega o bom relacionamento que mantém com seu ex-ministro de Assuntos Estratégicos. “Mantenho com ele e a família, há mais de 30 anos, relação de amizade e respeito”, disse o senador em maio. O petebista, no entanto, rechaça qualquer contato com Yousseff. “Posso afirmar, de forma e de modo categóricos, que não o conheço e jamais mantive com ele qualquer relacionamento de ordem pessoal ou política.”

Com o inquérito na assessoria criminal do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, caberá ao Ministério Público Federal decidir os rumos da investigação, como pedidos de quebra de sigilo, perícias e tomadas de depoimentos. Até ontem (21), essa avaliação ainda não havia começado.

Ações do Paraná

A Operação Lava Jato resultou na prisão de doleiros e de diversos clientes deles, como o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Collor não era alvo da apuração, mas as ações de busca e apreensão nos endereços de Yousseff encontraram os comprovantes de depósito. Por isso, o juiz Sérgio Moro enfatizou ao STF que, naquele momento, não havia “qualquer indício do envolvimento” do senador nas oito ações criminais em andamento em sua Vara no Paraná.

Para Collor, as declarações do juiz foram entendidas como um salvo conduto. “O principal teor do expediente do juiz Sérgio Moro ao ministro Teori Zavascki foi sua taxativa declaração de que não há qualquer envolvimento meu nos oito inquéritos da Polícia Federal vinculados àquela operação”, disse o senador em maio passado.

Mas, conforme apurou o Congresso em Foco, as afirmações são apenas parte das formalidades do processo. Moro fez questão de explicitá-las por dois motivos. Primeiro, porque realmente o nome de Collor apareceu no caso inesperadamente. Segundo, porque, ainda que acreditasse haver provas de participação do senador em qualquer crime, ao mencionar isso Sérgio Moro traria para si um batalhão de advogados dos réus pedindo que toda a Operação Lava Jato fosse anulada. Afinal, parlamentares só podem ser investigados e julgados pelo Supremo Tribunal Federal.

22 anos

Em 24 de abril, o STF arquivou um processo a que Collor respondia pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e corrupção passiva por falta de provas. A acusação era da época em que ele foi presidente da República, entre 1990 e 1992.

Ao recomendar a absolvição do ex-presidente, o primeiro a sofrer processo de impeachment na história do país, a ministra Cármen Lúcia criticou a fragilidade da acusação. “É preciso certeza, não basta probabilidade”, afirmou a relatora. “Não é um primor de denúncia, na minha opinião.” A decisão, segundo o senador, “reescrevia” a história do país e mostrava que ele havia sido alvo de um “golpe” do Congresso.


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Fonte:SITE MISÉRIA

Ex-pedreiro mexicano dissolveu 300 pessoas em ácido

O que a princípio parecem ser apenas pedras marrons espalhadas pelo terreno de um pequeno sítio em Tijuana, no norte do México, são na verdade restos humanos cobertos por pó e areia.

Eles pertenceram a um número ainda incerto de pessoas que foram mortas durante os primeiros anos da guerra contra o narcotráfico e tiveram seus corpos dissolvidos em barris com ácido, soda cáustica e outros produtos químicos.

Eles ficaram ali, abandonamos em fossas por anos, até serem encontrados pelos familiares das vítimas, que mesmo assim seguem sem ter a confirmação da morte de seus entes queridos porque o que restou deles não permite realizar exames de DNA.

O autor de tal barbaridade é o ex-pedreiro Santiago Meza López, que foi preso em 2009 e confessou ter se desfeito de ao menos 300 cadáveres entregues a ele por um dos grupos que disputava o controle do narcotrático no estado mexicano da Baixa Califórnia, que fica próximo à fronteira com os Estados Unidos.

Trincheira

Desde 1990, Tijuana é uma das principais trincheiras da guerra entre o cartel de Sinaloa e um outro fundado pelos irmãos Arellano Félix - este último perdeu completamente sua influência na região desde então, segundo autoridades de segurança americanas.

Um dos chefes deste segundo grupo era Teodoro García Simental, conhecido como "El Teo" ou "El Tres Letras", que em 2008 deixou seu cartel para se unir aos rivais. Isso deu início a uma guerra pelo controle de uma rota de tráfico na região, em que morreram 3 mil pessoas e desapareceram outras 900.

Muitas delas acabaram dissolvidas nos barris de López, conhecido como "El Pozolero", uma referência à palavra poço em espanhol, porque seus restos foram colocados em fossas clandestinas. Ao ver as fotos das vítimas, ele disse não reconhecer nenhuma delas.

O ex-pedreiro insiste que só recebia cadáveres - centenas deles - e que não matava as pessoas, só as dissolvia.

Fossas clandestinas

Até agora foram localizadas três fossas clandestinas, mas acredita-se que há outras ainda por serem descobertas. As autoridades mexicanas dizem que muitas das pessoas encontradas nelas foram vítimas da guerra do narcotráfico.

Fernando Ocegueda Ruelas foi uma delas. O estudante desapareceu em 2007, aos 23 anos, depois de ser levado por homens que se apresentaram como policiais.

Desde então, seu pai, Fernando Ocegueda Flores, não parou de procurá-lo. Foi ele quem encontrou os sítios onde trabalhava o "El Pozolero", depois de receber mensagens anônimas pelo endereço de email do grupo que criou, a Associação Unidos pelos Desaparecidos da Baixa Califórnia.

Num primeiro momento, Flores pensou que seu filho podia estar entre as vítimas dissolvidas pelo ex-pedreiro. "Mas não sei se ele está aqui nesta fossa, e não quero pensar nisso", afirma Flores.

"Parece que sim, porque é para aqui que os desaparecidos eram trazidos, mas, enquanto não tiver provas científicas disso, seguirei buscando por meu filho. Não me darei por vencido."

Obstáculos

A associação de Flores já esteve em 80 terrenos em busca de restos humanos, e ainda faltam outros 50 para serem visitados.

A descoberta da fossa do "El Pozolero" fez com que muitos familiares das vítimas vasculhassem cada metro dos terrenos dos sítios onde ele trabalhava em busca de algum sinal de seus entes queridos.

Sem ter sucesso, muitos deles desistiram, enquanto outros seguem na busca, mesmo tendo dificuldades para tratar do assunto com as autoridades.

É o caso de Maria Alicia Ochoa. Seu marido foi sequestrado em um shopping em outubro de 2006 por um grupo de homens vestidos com uniformes policiais.

Desde então, não tem notícias deles. Ao questionar as autoridades sobre o caso, ela ouviu uma resposta frequentemente dada a familiares dos desaparecidos.

"Disseram: ´Senhora, esqueça isso. Não vamos encontrar seu marido.


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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Policial diz que jovem que delatou cárcere em receita estava 'assustada'

Pedido de ajuda foi escrito no verso de receita médica e entregue à farmacêutica (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)"Ela estava agachada, com o filho no colo. Estava assustada, chorando e pedia para que nada acontecesse com o filho. Pedia para tirar ela dali", fala a tenente da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), Danielle Parete, sobre o primeiro contato com a adolescente de 17 anos que delatou cárcere no verso de uma receita médicaentregue em uma farmácia, na segunda-feira (18), em Campo Grande.

Na casa onde a garota diz que era mantidaencarcerada, moravam também o suspeito, de 40 anos, a esposa dele, de 53, e um filho, de 11. A mulher não deixou os militares entrarem na residência e ainda mentiu o nome, conforme Danielle.

Um vizinho autorizou a entrada dos policiais no terreno dele e, por cima do muro, eles viram e ouviram a adolescente pedir socorro. Os militares então entraram na residência e resgataram a menina e o filho de cinco meses que ainda não tem registro de nascimento. O suspeito não estava no local e até a publicação desta reportagem não havia sido localizado.


Em buscas no local, nada ilícito foi encontrado. Segundo a tenente, a residência estava bagunçada e com animais em meio a móveis e objetos que havia na casa. Antes de ir para este imóvel, a adolescente morava em outro, em situação ainda pior, de acordo com Danielle. "Era pequeno, com água e luz cortados".

Ainda conforme a tenente, a adolescente contou que só saía de casa com o suspeito, que era ameaçada por ele, que havia sido agredida quando estava grávida e que só fez um exame antes do nascimento do filho, aos 8 meses de gestação. O bebê é fruto do relacionamento da menina com o homem.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, a garota contou também aos policiais, que o suspeito mentiu o nome no hospital quando a criança nasceu e não apresentou documentos, alegando que havia perdido.

Ameaças
Conforme o delegado que investiga o caso, Paulo Sérgio Lauretto, após perícia realizada em uma das casas onde a adolescente diz ter sido vítima de cárcere, foi constatado que a garota tinha condições de ter pedido ajuda antes. Ela declarou que ainda não havia denunciado por conta dasameaças que sofria.

Segundo a PM, ela contou que escreveu o pedido de socorro no verso da receita no mesmo dia que o entregou na farmácia. "Ela falou que sabia que iria à farmácia", conta Danielle. Ainda de acordo com a tenente, a adolescente e o suspeito foram ao comércio para comprar um medicamento e absorvente, porém ele disse que tinha dinheiro apenas para o segundo.


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'Estava com formigas', diz mulher que resgatou bebê abandonado em MT

Bebê recém-nascido foi abandonado em bairro de Cuiabá. (Foto: Reprodução/ TVCA)
A dona de casa que fez os primeiros cuidados de um bebê recém-nascido, abandonado em uma caixa de papelão, em Cuiabá, disse em entrevista à TV Centro América que a criança estava com formigas pelo corpo. O bebê, do sexo feminino, foi encontrado por moradores na noite desta quarta-feira (20) enrolado em lençóis dentro de uma caixa, na região do Bairro São Sebastião. A criança apresentava diversas marcas de picadas de inseto pelo corpo.
O bebê foi resgatado pelos moradores, que chamaram a Polícia Militar. Depois de passar por exames em uma policlínica do Bairro Pascoal Ramos, o bebê foi encaminhado para o Lar da Criança. A dona de casa Érica Manhini foi chamada por um vizinho que disse ter encontrado o bebê. “Eu a tirei da caixa, ela estava com formigas pelo corpo. Eu abanei o pano, tirei as formigas e cuidei dela até que a polícia chegasse”, contou.
Segundo a moradora, que tem dois filhos, a criança estava com parte do cordão umbilical e aparentava ter boa saúde. “Ela parecia estar com fome, foi muito triste. É um amor de criança e aparentemente era perfeita”, comentou.
O bebê continua no Lar da Criança e até a manhã desta quinta-feira (21) a mãe ou responsável não tinha sido localizado pelo Conselho Tutelar ou pela polícia. Os médicos que atenderam a criança disseram que é possível que ela tenha nascido no mesmo dia em que foi abandonada.
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terça-feira, 19 de agosto de 2014

No CE, operação contra pornografia aprendeaterial em duas cidades

Policiais federais fazem busca e apreensão de computadores em que usuários estariam acessando pornografia infantil em 14 estados e no Distrito Federal (Foto: Reprodução / TV Liberal)A Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Hidrolândia e Caridade, no interior do Ceará, na manhã desta terça-feira (19).
Segundo informações da PF de Belém (PA), responsável pela operação, foram recolhidos materiais em duas residências investigadas por envolvimento com pornografia infantil na internet.
Não houve prisões no estado, mas os dois mandados de busca e apreensão foram totalmente cumpridos, segundo a PF.
De acordo com a polícia, ao todo, 230 agentes federais cumprem 42 mandados de busca e apreensão de computadores em 14 estados. Até 10h50, segundo a delegada Patrícia Bicalho, 11 pessoas foram presas em seis estados: São Paulo, Mingas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Espirito Santo e Bahia.
Os suspeitos presos foram encontrados com material pornográfico de crianças e adolescentes. "Ainda não temos a comprovação de que eles produzam este material, então serão indiciados pelos crimes de armazenamento e troca de pornografia infantil, previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente", disse a delegada. Caso sejam condenados pelos dois crimes as penas podem variar de 4 a 10 anos de prisão. A investigação começou em 2013, após o trabalho de monitoramento da polícia detectar compartilhamento das imagens pornográficas em redes sociais.
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Acidente mata parentes do Papa Francisco;

O carro de Emanuel Bergoglio, sobrinho do Papa Francisco, que bateu em um caminhão em uma estrada em James Craik, na ArgentinaUm acidente de trânsito provocou a morte de familiares do Papa Francisco. O sobrinho do pontífice, Emanuel Horacio Bergoglio, de 35 anos, dirigia o veículo que se chocou com um caminhão na autoestrada Rosário-Córdoba, na altura de James Craik, na Argentina, por volta de meia-noite desta terça-feira. Sua mulher Valeria Carmona, de 39 anos, e seus dois filhos, José, de 2, e Antonio, de 8 meses, morreram. Fotos de internautas mostram o local do acidente e o estado do veículo, um Chevrolet Spin. As informações são do jornal argentino Clarín.

Pelo menos três pessoas morreram no acidente, uma mulher e duas crianças
Pelo menos três pessoas morreram no acidente, uma mulher e duas crianças Foto: Reprodução / Twitter / Alfredo Palacios

De acordo com testemunhas, o caminhão estava saindo de um posto de gasolina e Bergoglio vinha na velocidade permitida quando colidiram. Valeria e o bebê Antonio morreram no local. Emanuel e José foram levados ao hospital, mas a criança não resistiu.

Valeria Carmona com seus filhos José e Antonio; os três morreram no acidente
Valeria Carmona com seus filhos José e Antonio; os três morreram no acidente Foto: Reprodução / Facebook

O sobrinho do Papa ainda está internado em estado grave. O porta-voz do hospital afirmou que ele corre risco de morte. “Ingressou à 1h com politraumatismo, fratura exposta do úmero direito e lesão hepática, que já foi operada. Ele respira com auxílio de aparelhos”, afirmou. O motorista do caminhão, Raúl Pombo, de 60 anos, ficou ileso.

Valeria com o filho recém-nascido José e o marido Emanuel em foto de 2013
Valeria com o filho recém-nascido José e o marido Emanuel em foto de 2013 Foto: Reprodução / Facebook / Valeria Carmona

Papa não irá à Argentina
Emanuel é filho do irmão do Papa, Alberto Bergoglio, que já morreu. Em sua página no Facebook, o sobrinho do religioso segue várias páginas relacionadas à Igreja Católia e ao seu tio.

O perfil de Emanuel Bergoglio no Facebook


]Segundo o jornal argetino La Nación, o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, Francisco reagiu com tristeza à notícia do acidente. Ele teria pedido que todos que compartilham de sua dor se unissem em oração pela família. O jornal aponta, contudo, que não há possibilidade de o Papa ir à Argentina visitar o sobrinho. Eles lembram a ocasião em que sua única irmã viva, María Elena, caiu doente e ele tampouco pode deixar o Vaticano e sua agenda oficial.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Corpo do piloto Leonardo Morais é velado em Juazeiro do Norte, no CE

Piloto de motovelocidade morre durante treino em autódromo no CE (Foto: Robério Lessa)O corpo de Leonardo Morais será sepultado nesta segunda-feira (18), em Juazeiro do Norte, às 16 horas. Durante a manhã, familiares e amigos prestaram homenagens ao atleta durante o velório. O piloto de motovelocidade morreu neste domingo (17) durante um treino no Autódromo Virgílio Távora, no Eusébio, Grande Fortaleza. Leo Morais, como era conhecido, tinha 35 anos, trabalhava também como gerente administrativo e pilotava desde 2008.
Os amigos de Leo, como ele era conhecido, falaram da preocupação que ele tinha com a segurança das motos. De acordo com o empresário, Marcos Paulo Lustosa, Leonardo Morais era disciplinado e amava o que fazia. “Ele  iniciou na motovelocidade em 2008. Nós iniciamos juntos. Ele era muito disciplinado. Ele gostava muito do que fazia”, disse.
De acordo com os amigos que acompanharam a trajetória do piloto, Leo Morais era rigoroso em relação à segurança nas pistas.
"Foi realmente uma falha mecânica e ele se preocupava com a segurança. Ele mesmo fazia a segurança nas motos e era credenciado. Tudo que oferecia perigo ele substituía na hora", afirmou o gerente comercial e amigo, Wellyson Uchoa. Somente esse ano o piloto já tinha conquistado quatro títulos na motovelicidade.
Piloto de motovelocidade morre durante treino em autódromo no CE (Foto: Foto: Robério Lessa)Acidente
Segundo o jornalista Robério Lessa, que estava no autódromo acompanhando os treinos, o piloto capotou em uma curva e caiu de cabeça no chão. Ele estava preparando o equipamento e fazia a volta de aquecimento, etapa conhecida no automobilismo como Warm Up.

“O Léo saía da curva Fernando Ary e passava pela Reta Oposta que leva ao viaduto. Essa curva é a mais lenta do circuito e nessa curva tem uma freada forte. Quando ele freou o garfo da roda soltou. A moto capotou e o piloto caiu batendo a cabeça no chão”, explicou Lessa.

Segundo Lessa, o piloto foi atendido imediatamente pelo médico Marcos Korukian, da equipe de socorro do autódromo. “O atendimento foi rápido. Ele caiu desacordado e apresentava sangue na boca”, disse. Após a confirmação da morte do piloto o Campeonato Fast 1000 GP foi cancelado. Léo Morais havia feito bom treino e estava classificado em segundo lugar na categoria Fast PRO GP, a principal do Campeonato Fast 1000 GP.
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Fonte: GLOBO 

PMs do caso Amarildo torturaram mais três pessoas na Rocinha, diz MP

Caso Amarildo - GNews (Foto: Reprodução GloboNews)Uma ação civil pública do Ministério Público do Rio aponta que dois dos mesmos policiais que participaram diretamente da tortura do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza - desaparecido no dia 14 de julho de 2013 após policiais da UPP Rocinha o levarem para uma averiguação - também foram responsáveis pela tortura de mais três adolescentes na favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Ao todo, 25 PMs, entre eles o major Edson Santos, comandante da UPP da Rocinha à época, torturaram o pedreiro, segundo denúncia. Em nota, a Secretaria de Seguraça afirmou que vai punir, de maneira exemplar, os policiais que tiverem má conduta comprovada.

Além das três supostas vítimas de tortura pelos mesmos policiais envolvidos no caso Amarildo, outras cinco pessoas foram vítimas de agressões físicas e psicológicas por outros agentes lotados na mesma UPP. O MP quer que o Estado pague pelo menos R$ 50 mil a cada vítima de tortura ou seus familiares. Ao todo, por tanto, nove pessoas ou suas famílias poderão ser indenizadas.


Segundo a ação civil, o soldado Douglas Roberto Vital Machado torturou dois jovens moradores e o tenente Luiz Felipe de Medeiros invadiu a casa de um adolescente e acompanhado de outro policial o ameaçou de morte, deu tapas, socos a fim de conseguir informações sobre "o paradeiro de drogas e determinado traficante". Ambos são acusados de participar ativamente da tortura de Amarildo.
A ação foi ajuizada pela promotora Gláucia Santana por ato de improbidade administrativa contra 31 policiais militares acusados de torturar nove moradores da Rocinha. Na ação, a promotora pede a condenação dos policiais à perda da função pública e suspensão dos direitos políticos por cinco anos, além de pagamento de multa a ser fixada pela Justiça.

O Ministério Público também requereu à Justiça que o Estado seja obrigado a pagar indenização a cada uma das vítimas no valor de R$ 50 mil, além de depositar R$ 450 mil em um fundo estadual de defesa dos interesses difusos coletivos, a título de danos morais coletivos.

Os casos foram relatados ao MP pelo Conselho Estadual dos Direitos Humanos e ocorreram, a partir de março de 2013, quando foi deflagrada a operação Paz Armada pela UPP da Rocinha e pela 15ª DP (Gávea) , para combater o tráfico de drogas na comunidade.

De acordo com a denúncia, moradores foram detidos sem qualquer flagrante; residências foram invadidas sem que a Polícia tivesse mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça; moradores da comunidade foram vítimas de ameaças, abuso de autoridade, e até mesmo de tortura e ações violentas cometidas por agentes militares contra gestantes e adolescentes. A operação também resultou na morte do pedreiro Amarildo Dias de Souza, em 14 de julho de 2013.

A partir da denúncia, foi instaurado inquérito civil e tomados os depoimentos de moradores na comunidade e na Promotoria, o que permitiu a ação.

A ação civil pública pede a condenação de Edson Raimundo dos Santos, Luiz Felipe de Medeiros, Douglas Vital Machado, Marlon Campos Reira, Joge Luiz Gonçalves Coelho, Victor Vinicius Pereira da Silva, Jairo da Conceição Ribas, Anderson Cesar Soares Maia, Wellignton Tavares da Silva, Fábio Brasil da Rocha da Graça, Reinaldo Gonçalves dos Santos, Lourival Moreira da Silva, Wagner Soares do Nascimento, Rachel de Souza Peixoto, Thaís Rodrigues Gusmão, Felipe Maia Queiroz Moura, Dejan Marcos de Andrade Ricardo, Jonatan de Oliveira Moreira, Márcio Fernandes de Lemos Ribeiro, Bruno dos Santos Rosa, Sidney Fernando de Oliveira macário, Vanessa Coimbra Cavalcanti, João Magno de Souza, Rafael bayma Mandarino, Rodrigo Molina Pereira, Adson Nunes da Silva, Tiago José Martins de Medeiros, Wesley Souza da Costa, Sidnei Leão dos Santos Filho, Rafael Adriano Silva de Carvalho e Vitor Luiz Evangelista.
Placa na Rua Von Martius também foi modificada (Foto: Fernanda Rouvenat/G1)Placa na Rua Von Martius também foi modificada
(Foto: Fernanda Rouvenat/G1)
Manifestações
O desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo provocou muitas manifestações na Rocinha - muitas delas chegaram a interditar a Autoestrada Lagoa-Barra. Placas de rua foram modificadas e o nome do ajudante de pedreiro foi colocado no lugar dos nomes reais das vias, como a Von Martius, no Jardim Botânico, e na Almirante Salgado, em Laranjeiras. Na placa, Amarildo é descrito como "torturado e assassinado por policiais da UPP da Rocinha".
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Fonte: GLOBO 

domingo, 17 de agosto de 2014

Os quatro suspeitos de serem craques do tráfico jogavam no Campo Grande: Diego Santos já atuou fora do país e contra o Flamengo em jogo-treino

Jonathan Alves, Diego Santos, Igor Sales e Felipe Almeida jogavam no Campo Grande A.C.Além de Diego Vicente dos Santos, de 25 anos, os outros três suspeitos de integrarem o time de futebol Vila Aliança — do traficante Rafael Alves, o Peixe —, que foram presos na quinta-feira, também jogavam no Campo Grande Atlético Clube, time da Série C do campeonato estadual. Segundo o treinador, Vilson Porto, Igor Sales, de 28 anos, Jonathan Alves e Felipe Almeida, ambos de 22, treinaram com Diego e outros jogadores na manhã do dia em que foram abordados por policiais num carro roubado.

— Só Diego era contratado, mas os outros já estavam treinando com a equipe — explicou Vilson, ontem, após um jogo-treino contra a equipe do Bangu: — O que vamos fazer para ajudá-los é entregar à polícia os contratos daqui e de outros clubes em que eles atuaram antes, para provar que eram jogadores profissionais.

No Campusca, como é conhecido o Campo Grande, Diego e seus parceiros tinham uma rotina regrada.
— Os treinos são de segunda a sábado, com duração de duas horas. Diego nunca faltava e era o primeiro a chegar — conta Raí Alves, jogador do Queimados F. C., que fazia tabelinha com o lateral no Campo Grande: — Chegamos a dividir a vice-artilharia da Série C.

Segundo as investigações, os quatro suspeitos atuavam no time de Peixe. De acordo com a polícia, eles foram capturados quando tentavam fugir da Vila Aliança para a favela de Acari, na Zona Norte. Todos responderão pelos crimes de receptação e formação de quadrilha.
Diego Santos divide lance com o atacante Nixon, do Flamengo, num jogo-treino Foto: site oficial do flamengo / reprodução
Diego Santos divide lance com o atacante Nixon, do Flamengo, num jogo-treinoA atuação como lateral-esquerdo no Campo Grande A.C. não foi a primeira oportunidade de Diego no futebol profissional. O morador da Vila Aliança começou a jogar no Heliópolis Atlético Clube, ainda adolescente, e passou por diversos clubes, inclusive fora do Brasil. Ele jogou em times como o Porto, de Portugal, e o PSV Eindhoven, da Holanda.
— Em 2012, ele foi contratado pelo Campo Grande A.C., mas interrompeu o trabalho para passar uma temporada na Argentina. Voltou em 2013 e era um dos melhores jogadores da equipe — diz o treinador Vilson.

Com o uniforme do Campusca, Diego enfrentou o Flamengo duas vezes este ano, em jogos-treinos realizados no Ninho do Urubu, em Vargem Grande. No site oficial do clube rubro-negro, a foto de uma das partidas, realizada em junho, mostra o lateral dividindo uma bola com o atacante Nixon.
— Diego é sensacional. Está fazendo falta no nosso elenco — lamenta Cristiano Aurélio, capitão do Campo Grande Atlético Clube.

No Facebook, mãe de Diego faz desabafo
Através de um perfil do Facebook, a mãe de Diego, Mara dos Santos, publicou uma nota de desabafo sobre a prisão do filho. “Quem conhece a índole do Diego Santos, que possa me ajudar (...) Ele é inocente. Apenas estava chegando do treino e pegou uma carona, mas, infelizmente, na hora errada. Vocês sabem que ele joga no clube de Campo Grande. Ele não ficou de cabeça baixa porque não cometeu nenhum crime”, escreveu ela.

No texto, Mara aproveitou para convocar amigos do jogador para um abaixo-assinado que pretende entregar à polícia. “Quem puder vir até aqui prestar solidariedade vai mostrar que é amigo de Diego”.


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Fonte: GLOBO