quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Mulher de Mogi foi decapitada após perder ônibus, diz motorista

Maria Aparecida do Nascimento, vítima de César de Souza (Foto: Adilson Diego Ramos/ arquivo pessoal) motoristOa de ônibus Maurício Correa da Cunha, de 33 anos, disse ao G1 que acredita que uma das vítimas decapitadas em Mogi das Cruzes teria escapado da morte se não tivesse perdido o coletivo dirigido por ele. Cunha contou ter passado por um ponto da Avenida Francisco Rodrigues Filho, na Vila Suíssa, por volta de 6h40 de quarta-feira. Assim que saiu da parada, ele disse ter visto, pelo retrovisor, a secretária Maria Aparecida do Nascimento chegando ao ponto. "Ela estava de cabeça baixa, caminhando perto do ponto. Quando atrasava, tinha duas opções de ônibus para pegar em seguida. Pena que não deu tempo. Se ela não tivesse atrasado, talvez não estivesse morta hoje”, disse o motorista em entrevista ao .
A secretária Maria Aparecida, de 46 anos, foi uma das vítimas decapitadas em Mogi das Cruzes. Segundo a polícia, Jonathan Lopes de Santana, de 23 anos, confessou seis homicídios. Cinco pessoas foram decapitadas em Mogi e Poá. Em um dos casos não houve decapitação. A vítima foi esfaqueada. De acordo com o delegado seccional Marcos Batalha, ele atacava com golpes de machadinha na cabeça e depois decapitava as vítimas. Em depoimento, segundo a polícia, Jonathan disse que alvo eram usuários de crack e moradores de rua.
“Ela embarcava no ônibus todo dia no mesmo ponto, mesmo horário. Não conversávamos muito. Era sempre um bom dia, apenas", detalhou o motorista.
Outro motorista, que passou pelo local em seguida, desceu do coletivo ao ver o corpo próximo ao ponto de ônibus. “No Terminal o que nos disseram é que ele reconheceu o uniforme que ela usava, e como estava próximo do ponto de ônibus, desceu para confirmar”, diss
Quando fazia nova viagem do itinerário, Maurício Cunha reconheceu a vítima. “Vi o uniforme dela, a bolsa, tudo no chão. Depois, Quando vi o suspeito sendo preso, também reconheci. O Jonathan Santana também viajava comigo no ônibus direto. Foi um choque”, detalhou.
Segundo o chefe da vítima, Josmar Cassola, o motorista pegou o crachá da vítima e levou até a empresa, no Botujuru. “Eu havia passado pelo local e visto um corpo decapitado, mas nunca iria imaginar que era da minha secretária. Um funcionário me ligou ainda pela manhã avisando que era ela e que o crachá dela tinha sido levado até a empresa pelo motorista”, detalhou.
Prisão
A Polícia Militar prendeu o ajudante-geral após encontrar três pessoas decapitadas em Mogi das Cruzes na manhã desta quarta.
De acordo com as investigações, o primeiro crime que o ajudante geral confessou foi no sábado (29). A vítima foi uma mulher na "Favela do Gica", no distrito de Brás Cubas.
Na segunda-feira (1º), dois moradores de rua foram atacados quando dormiam sob a marquise de um supermercado na Avenida Francisco Rodrigues Filho, no bairro do Mogilar. Um deles morreu e o outro foi levado em estado grave ao Hospital Luzia de Pinho Melo, onde continua internado. Neste caso, a vítima não foi decapitada, mas esfaqueada e queimada.
Na noite de terça-feira, a vítima foi uma mulher em Poá, que segundo a polícia era usuária de crack. Já nesta quarta foram três mortes em Mogi das Cruzes: duas mulheres que seguiam para o trabalho e um morador de rua.
No começo da noite, o delegado seccional Marcos Batalha relatou um novo caso: um morador de rua procurou a polícia dizendo ter sido atacado no domingo (30) em frente ao Hospital Luzia de Pinho Melo. Ele contou ter sido agredido com uma machadinha. Ferido, procurou o hospital. Nesta quarta, a vítima teve alta, disse ter reconhecido Jonathan em reportagens e procurou a polícia.
Além disso, o ajudante geral é suspeito de ter tentando matar uma criança de 3 anos.
De acordo com a polícia, o suspeito não tinha problemas com a Justiça e conflitos familiares. "Pelo menos pelas pesquisas que nós fizemos ele tem uma única passagem criminal por desacato, um crime sem gravidade. Geralmente as pessoas que praticam crimes tão bárbaros, crimes sequenciais, ou seja, diversas mortes, tem histórico de conflito, e acabam  levando para esse lado, da violência. Esse sujeito, não tem nada. Nunca passou por dificuldade, não tinha problemas. Nada que justificasse os crimes”, detalhou.
 Câmeras
Imagens de duas câmeras de monitoramento mostram o ataque a uma das vítimas mortas nesta quarta (assista ao lado). Trata-se de um morador de rua. Pedestres e motoristas não reagem diante do crime, ocorrido em uma das ruas mais movimentadas de Mogi das Cruzes, por volta das 6h30.
Ainda de acordo com as informações passadas pelo delegado, o homem tem sinais no corpo relacionados aos crimes. "Logo que ele foi preso, em sua residência, ele apresentava dois sinais feitos por ele próprio no corpo: o desenho de um machado no braço, próximo ao ombro, e um na perna feito com uso de uma agulha, com o número 36". Segundo Batalha, o homem disse que tinha o compromisso de matar 36 pessoas. "Ele disse que tirou as ideias de vídeos de decapitações do Talibã", acrescentou.
O delegado afirmou que Jonathan estava consciente em todos os crimes. "Ele disse que se não tivesse sido preso continuaria matando. Ele achou que todas as vítimas eram moradores de rua e disse que eles não pagam impostos, vivem às custas dos outros e que não acha isso certo."
Segundo vizinhos, a família do suspeito deixou a casa onde vive, no bairro Botujuru, em Mogi, por medo de represálias.

Dilma e Alckmin assinam contratos de obras de água e transporte para SP

Dilma e Alckmin assinam acordo (Foto: Renato Costa/Frame/Estadão Conteúdo)
A presidente da República, Dilma Rousseff, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinaram nesta quinta-feira (4), em cerimônia no Palácio do Planalto, contratos no valor de R$ 3,2 bilhões para obras de abastecimento de água e mobilidade urbana no estado.

De acordo com o Ministério das Cidades, do valor total previsto nos contratos, R$ 2,6 bilhões são referentes a obras do Sistema Produtor São Lourenço, responsável por parte do abastecimento de água na região metropolitana de São Paulo. Os R$ 633,6 milhões restantes são destinados a obras de expansão da Linha 9 da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM).


Segundo o ministro das Cidades Gilberto Occhi, que detalhou os números na cerimônia, os R$ 2,6 bilhões serão investidos, por meio de Parceria Público-Privada (PPP), em 80 quilômetros de obras do sistema São Lourenço, que tem capacidade para atender a 1,5 milhão de pessoas em sete cidades da região metropolitana de São Paulo – Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba e Vargem Grande. As obras deverão ser concluídas, segundo o governo federal, em 2017.
De acordo com o Ministério das Cidades, a licitação para as obras do Sistema São Lourenço foi feita em 2012. Dos R$ 2,6 bilhões previstos, a União vai financiar – para a empresa Sistema Produtor São Lourenço S.A., vencedora da licitação – R$ 1,8 bilhão, por meio da Caixa Econômica Federal. A contrapartida da empresa será de R$ 261 milhões. O restante dos recursos será captado pela empresa junto a bancos privados.
Segundo o ministério, a modalidade de PPP é a de concessão administrativa, pela qual não há a possibilidade de cobrança de tarifa pela empresa diretamente dos usuários. Assim, a empresa obterá o retorno financeiro por meio dos serviços prestados à Sabesp, companhia do governo de São Paulo responsável pelo abastecimento de água no estado.
Nas obras de expansão da Linha 9 da CPTM, serão investidos R$ 633,6 milhões. Desse valor, R$ 500 milhões são do Orçamento Geral da União – repassados sem a necessidade de pagamento pelo estado – e R$ 133,6 milhões em contrapartida estadual.
Este foi o segundo encontro entre Dilma e Alckmin nas últimas semanas. Após as eleições, o governador de São Paulo esteve em Brasília para discutir com a presidente oito projetos do estado para resolver a crise hídrica – ele disse a jornalistas na ocasião que o estado precisa de R$ 3,5 bilhões para as obras. A obra do Sistema São Lourenço, anunciada nesta quarta, porém, não está incluída no pacote apresentado pelo governador Alckmin.
Valores diferentes
Nesta quarta (3), o "Blog do Planalto", vinculado à Secretaria de Comunicação Social da Presidência, e o site do Ministério das Cidades haviam divulgado a informação de que a União e o governo de São Paulo assinariam contratos no valor de R$ 5,8 bilhões.
Entretanto, contratos de algumas das obras anunciadas pelo governo federal não foram assinados.
Em entrevista coletiva, o ministro Gilberto Occhi afirmou não ter conhecimento das razões da divulgação dos dados de outras obras, mas confirmou que estão em análise na pasta.
"De fato, elas estão em fase final. No momento em que estiver concluída [a análise], tanto a presidenta Dilma como o governador de São Paulo irão agendar a possível assinatura. O que estava acordado era isso [R$ 3,2 bilhões]. Não sei o porquê de ter sido levado à imprensa o que está em negociação", disse.
Diferente do que havia sido divulgado pelo Planalto, não foram assinadas nesta quinta as obras de reforma e modernização das estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM); implantação da Linha 13 do Trem de Guarulhos; e o projeto para o BRT Metropolitano entre Praia Grande e São Vicente e Terminais (EMTU).
Período eleitoral
Ao discursarem, a presidente Dilma e o governador Geraldo Alckmin ressaltaram que, passado o período eleitoral, é preciso trabalhar pela população e começar a articular políticas que serão desenvolvidas nos próximos anos.
No discurso, Dilma destacou a “parceria” com o governo de São Paulo e afirmou que União e estado deram “mais um passo” para trabalhar em conjunto ações que possam resolver a crise no abastecimento de água na região.
“É fato que durante a campanha é natural divergir, é natural criticar, é natural disputar. E mesmo em alguns momentos é, diríamos assim, compreensível que as temperaturas se elevem. Mas no entanto, depois de eleito, nós temos de respeitar as escolhas legítimas da população brasileira. E essas escolhas legítimas, elas em um país que preza a democracia, que está em processo, inclusive, de construir cada vez mais,  e de aprofundar a sua democracia que está  ficando cada vez mais madura”, disse a presidente.
Alckmin também destacou a parceria com o governo federal na assinatura dos contratos e afirmou que é preciso entender que o dinheiro de São Paulo não é do PSDB, mas do contribuinte e os recursos do governo federal não são “de outro partido”, mas, da população.
“Eu acho que esses princípios, do interesse público, devem servir para unirmos esforços para fazer mais. Tenho certeza que esse bom diálogo e o bom trabalho com o governo vão continuar e quero reconhecer e agradecer o esforço da presidenta Dilma, republicano e louvável, na análise desses projetos técnicos extremamente importantes para os brasileiros de São Paulo”, afirmou.
Meta de superávit
Após a cerimônia com a presidente, Alckmin foi questionado por jornalistas sobre se concorda com o projeto de lei enviado pelo governo federal ao Congresso que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para este ano e a meta de superávit primário – economia feita pelo governo depois de pagar as despesas, exceto juros da dívida pública.
O governador de São Paulo que a “lógica democrática” é a de que quem ganha a eleição passa a governar e quem perde, a fiscalizar as ações do governo. Na avaliação de Alckmin, a discussão em torno do projeto – que teve o texto-base aprovado na madrugada desta quinta pelo plenário do Congresso é democrática e cabe a quem está no poder trabalhar de forma “republicana”.
“Eu acompanho o meu partido [o PSDB, que é contra a proposta do governo], mas quero destacar aqui o bom convívio. Acho que a gente precisa – e quero deixar claro o objetivo da vida pública – melhorar a vida da população e política se faz com civilidade, com parceria” afirmou.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

26 operários do Ceará são resgatados em situação degradante em Groaíras

Trabalhadores viviam em situação análoga a de escravos em uma fazenda no município de Groaíras (Foto: Ministério Público do Trabalho)
Vinte e seis trabalhadores foram resgatados em situação análoga à de escravos no município de Groaíras, no norte do Ceará. Os trabalhadores foram resgatados por agentes do Grupo de Fiscalização Rural, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Ceara, e da Polícia Rodoviária Federal em fiscalização iniciada no dia 26 agosto em um fazenda, onde os trabalhadores desenvolviam atividades relacionadas à extração do pó da carnaúba. Em um ano,  são 152 trabalhadores resgatados, todos na cadeia produtiva da carnaúba.

Os trabalhadores, que estavam alojados precariamente em duas casas no interior da fazenda, foram contratados nos municípios de Morrinhos e Santana do Acaraú e levados na carroceria de um caminhão tipo gaiola para o local de trabalho. Além dos riscos de acidente no transporte desses trabalhadores, o empregador descumpria de forma generalizada toda a legislação trabalhista. Todos os trabalhadores exerciam as atividades sem Carteira de Trabalho assinada, sem exames médicos admissionais, equipamentos de proteção individual, instalações sanitárias, local para preparo dos alimentos, água potável, entre outras irregularidades.

Trabalhadores viviam em moradias precárias (Foto: Ministério Público do Trabalho)De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho, a operação foi desdobramento de ações já realizadas no final de 2014 e tem por finalidade buscar a regularização do uso da mão de obra na cadeia produtiva advinda da extração do pó da palha da carnaúba, que tem em sua etapa final, produto economicamente viável e de extrema importância na balança comercial do Ceará.
Os operários receberão todos os direitos trabalhistas, além de três parcelas de Seguro-Desemprego Especial em razão das condições a que estavam submetidos, independentemente do tempo em que estavam trabalhando na propriedade. Serão emitidos diversos Autos de Infração pelas irregularidades constatadas.
Outros casos
Em outubro último, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel resgatou 13 trabalhadores, entre eles três menores - um com 17 anos e outros dois com 16 anos -, em situação de trabalho análogo a escravo em razão das condições degradantes a que estavam submetidos, em fiscalização realizada na atividade de extração de folha de carnaúba. A ação aconteceu em Caucaia.
Em setembro deste ano, outra ação do Grupo Móvel resgatou 17 trabalhadores em condições degradantes, também na extração da carnaúba, em duas fazendas localizadas nos municípios deViçosa do Ceará e Granja.
Em dezembro de 2013, uma operação conjunta entre Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Polícia Rodoviária Federal resgatou 96 trabalhadores que estavam em situação de trabalho escravo no interior do Ceará. A ação ocorreu em duas fazendas localizadas nos municípios de Granja e Barroquinha.

PRF apreende R$ 120 mil em drogas sintéticas no interior do Ceará

Drogas estão avaliadas em R$ 120 mil, diz PRF (Foto: PRF/Divulgação)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu nesta quarta-feira (3) cerca de três mil comprimidos de ecstasy e três mil pastilhas de LSD no quilômetro 70 da BR-116, no percurso entre Fortaleza e São Paulo. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a droga foi encontrada na mochila de um passageiro de 21 anos durante fiscalização de rotina em Chorozinho.
Os policiais estimam que a droga sintética esteja avaliada em cerca de R$ 120 mil reais. O suspeito foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil de Chorozinho, onde é realizado o flagrante do crime de tráfico interestadual de drogas.
O jovem afirmou em depoimento à PRF que viajou de São Paulo para Fortaleza para pegar a droga sintética na capital cearense e viajar de volta para São Paulo. Ele resgatou a droga próximo à rodoviária de Fortaleza na manhã desta quarta-feira.

Inquérito conclui que padrasto matou garota e se suicidou usando dinamite

Loanne Rodrigues da Silva Costa amarrados a árvore em Pirenópolis, Goiás 2 (Foto: Arquivo pessoal)
Quase um ano após o crime, a Polícia Civil de Goiás concluiu, na terça-feira (2), o inquérito sobre a morte da estudante de enfermagem Loanne Rodrigues da Silva Costa, de 19 anos, e do padrasto dela, o garimpeiro Joaquim Lourenço da Luz, de 47 anos, em Pirenópolis, na região central de Goiás. Segundo o delegado Bruno Costa e Silva, a investigação apontou que o homem, motivado por ciúmes da enteada, provocou a morte dele e da garota com uma explosão de dinamite.
Eles foram encontrados mortos abraçados e amarrados a uma árvore, no dia 17 de dezembro do ano passado, no Morro do Frota, ponto turístico da cidade. Ainda segundo o delegado, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público. “Como não há indícios da participação de terceiros nesse caso, a gente sugere o arquivamento”, afirma.
A investigação aguardava a conclusão de laudos sob responsabilidade da Polícia Técnico-Científica em Anápolis. “Ouvimos mais de 30 testemunhas, foram feitas várias perícias. O exame de local de crime teve um prazo maior tendo em vista de Joaquim ter tentando confundir a investigação para uma tese de duplo homicídio. Então, a gente teve que fazer todo um trabalho para comprovar que houve a simulação”, alegou o delegado.
Os exames toxicológicos constataram que havia etanol no sangue de Loanne. Além disso, em uma garrafa de água de 500 ml encontrada no local foi identificada a substância clonazepam, que tem efeito sedativo. Na garrafa havia 450 ml de água, o que, para o delegado, sugere que a garota teria ingerido 50 ml do líquido. Entretanto, não foram encontrados traços da substância no corpo de Loanne.
“Apesar disso, acreditamos sim que ela estava sedada porque o braço e a perna esquerda estavam soltos, não houve reação. Foi enviado ofício ao Instituto de Criminalística questionando se não houve um falso negativo nesse exame”, explica Bruno Costa e Silva.
Ainda segundo o delegado, os exames não constataram que a garota tenha sido abusada sexualmente ou que os dois tenham tido relação sexual. "Não há nenhum indício de que houve uma relação entre os dois. Inclusive ela reclamava do ciúme e dessa interferência constante dele nos relacionamentos dela", afirma.
Planejamento
A investigação apontou ainda que Joaquim planejou o crime com, pelo menos, dois meses de antecedência. Dentre os elementos que levaram a polícia a essa constatação estão contratos de seguros de vida feitos pelo garimpeiro em nome da mulher e dos filhos. Além disso, um mês antes de ser encontrado morto ele vendeu o direito de exploração de uma pedreira a um colega, a quem pediu sigilo sobre a negociação.
Em depoimento à polícia, familiares relataram que Joaquim mudou o comportamento dias antes do crime. “Uma sobrinha percebeu que ele fez questão de participar de reuniões familiares, algo que ele não fazia porque era muito fechado. Ela constatou depois que era uma forma de despedida”, conta o delegado.
Já em relação a Loanne, a polícia acredita que a garota não tinha conhecimento das intenções do padrasto. “Encontramos mensagens no celular dela em que ela marcava de ir a festas. Então, nada indica que ela estivesse em depressão ou se preparando para isso.”
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Mãe de Loanne faz última homenagem à filha durante enterro, em Pirenópolis, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Crime
Loanne e Joaquim foram encontrados mortos no dia 17 de dezembro, no Morro do Frota, ponto turístico de Pirenópolis, a 67 km de Anápolis. De acordo com a Polícia Civil, o padrasto e a enteada morreram abraçados, estando Joaquim com o pé acorrentado e Loanne amarrada com uma corda a uma árvore.
Em janeiro deste ano um laudo comprovou que a causa da morte dos dois foi uma explosão de dinamite. Desde a data do crime, a principal linha de investigação da polícia era de que a explosão tinha sido provocada por Joaquim.“Corrente, corda, barraca e colchão [objetos achados na cena do crime], era tudo propriedade de Joaquim. A dinamite era da pedreira onde ele trabalhava”, disse à época o delegado.
Ao G1, a mãe da estudante e mulher do garimpeiro, Sandra Rodrigues da Silva, disse que tenta aceitar a tese da polícia de que o marido planejou o crime. "Éramos felizes e nunca pensei que minha família iria ficar no meio de uma tragédia assim. Convivi oito anos com ele [Joaquim] e nunca pensei que ele pudesse ser capaz de cometer um crime. Por isso, penso que outra pessoa possa ter feito isso com os dois, mas infelizmente tudo aponta para ele mesmo", lamentou.
A mulher também contou que, três dias antes do homicídio, viu os objetos usados no crime dentro do carro e indicou ao marido, após ser perguntada por ele, onde estava uma banana de dinamite que ele guardava em casa. "Eu me sinto culpada", disse.
Ciúmes
Segundo amigos e familiares relataram à polícia, Joaquim nutria grande ciúme pela enteada. Além disso, resultados de exames grafotécnicos (que analisam a escrita) confirmaram que o garimpeirofoi o autor de uma carta com ameaças de morte recebida pela jovem.
Cerca de um mês antes das mortes, o garimpeiro contratou um seguro de vida no valor de R$ 30 mil, no qual seu filho biológico aparece como beneficiário. Segundo o então delegado do caso, Rodrigo Jayme, uma testemunha contou que Joaquim teria pedido informações no banco se a apólice cobriria casos de suicídio. "Esse é mais um elemento que leva a crer que ele pode ter forjado a cena do crime para parecer que foi vítima e não autor", afirmou na época.
O rapaz que seria o beneficiário do seguro relatou em depoimento que estranhava o amor que o pai sentia por Loanne. Já a outra filha biológica do garimpeiro afirmou que acreditava mesmo que o pai tenha planejado o assassinato da estudante.
Loanne Rodrigues da Silva Costa, Pirenópolis, Goiás (Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal)

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Mulher é presa no Ceará suspeita de vender certificados por R$ 150

Uma mulher foi na tarde desta terça-feira (2) em Fortaleza suspeita de falsificar e vender diplomas do ensino fundamental e médio, além de atestados médicos. Segundo informações da Polícia Civil, os falsos documentos eram vendidos em redes sociais por R$ 150,00.
De acordo com a polícia, a suspeita de 23 anos foi presa em casa. No local, foram apreendidos carimbos com nomes de médicos, diretores de escolas e profissionais da Secretaria de Educação do Ceará. A jovem tinha ainda certificados em branco e preenchidos, tudo era negociado por meio das redes sociais.

Homens incendeiam ônibus na Messejana, afirma Ciops

Um ônibus foi incendiado na tarde terça-feira (2) no Bairro Messejana, em Fortaleza. De acordo com a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), cinco homens puseram material inflamável no veículo e incendiaram o ônibus da empresa Vega, de acordo com a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor). Não há registro de pessoas feridas e ninguém foi preso.

Duas equipes do Corpo de Bombeiros apagaram o incêndio no veículo, que ficou completamente destruído. Ainda de acordo com a polícia, os três homens que estavam dentro do ônibus mandaram o motorista parar na Rua Guilherme Pessoa e obrigaram os passageiros a descer.
Os três passageiros suspeitos foram auxiliados por outros dois homens que dirigiam um carro ao lado do ônibus. Um carro foi encontrado abandonado no bairro, e a polícia investiga se é o veículo utilizado no apoio ao crime.
Policiais militares que estão no local afirmam que o incêndio foi motivado em represália à morte de um garoto assassinado na Messejana. Em 2014, 12 ônibus já foram incendiados no Ceará.
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Ônibus foi destruído pelas chamas (Foto: Raniere Sales/Arquivo pessoal)

Vigilante confunde ladrões com funcionários, abre empresa e carro é roubado.

Vigilante confunde ladrões com funcionários, abre empresa e carro é roubado. Tem mais Polícia!Na madrugada desta segunda-feira (01), na Rodovia BR 101, KM 143, a Polícia Militar foi acionada até a Linhágua, no bairro Canivete. Lá, os policiais militares foram informados pelo vigilante da empresa sobre o roubo de um veículo.

De acordo com o vigilante, por volta das 21 horas desse domingo (30), dois indivíduos de cor morena, em um veículo Fiat de cor branca solicitaram que ele abrisse o portão que de acesso à empresa. Ele contou à Polícia que confundiu os indivíduos com funcionários da Linhágua, e abriu o portão. Nesse momento ele foi rendido pelos mesmos. 

Ainda segundo o vigilante, os acusados apontaram duas armas de fogo para sua cabeça e anunciaram o assalto. Depois de o amarrarem e o amordaçarem, os acusados roubaram um veículo Fox de cor branca (placa não informada) e uma espingarda calibre 32. Já por volta das 23h50, o funcionário conseguiu soltar-se e acionou outro vigilante da empresa que fica na parte inferior da lagoa.

Apesar das buscas na região, os policiais militares não conseguiram prender nenhum suspeito. Quem tiver informações que pode contribuir com o trabalho de investigação pode ligar para o 181. Não precisa se identificar.

Jovem é baleado e levado para o HGL

Na madrugada desta segunda-feira (01), por volta das 02 horas, um jovem de 19 anos deu entrada no Hospital Geral de Linhares, vítima de disparo de arma de fogo. De acordo com a vítima, um indivíduo desconhecido o abordou quando ele saía de um bar, localizado na região de Córrego do Rodrigues, na zona rural de Sooretama. 

Depois de ter um cordão roubado, o jovem saiu correndo e nesse momento foi alvejado na coxa direita por um tiro efetuado pelo acusado. A Polícia Militar foi acionada, esteve no local, mas não prendeu ninguém.
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Após agressão, jovem terá que implantar placas de titânio no rosto

Fábio Germano, de 27 anos, foi agredido na madrugada do domingo (30), em Rio Branco (Foto: Arquivo Pessoal)
Após sofrer grave agressão, o estudante Fábio Germano, de 27 anos,  terá de passar por uma cirurgia para a implantação de placas de titânio em seu rosto. No último domingo (30), Fábio foi agredido com chutes e socos, que resultaram na fratura do maxilar, mandíbula e ossos da face. O autor da agressão seria o cantor sertanejo Hangell Borges, que, ao G1, admitiu o ataque e disse que "errou". O caso teria sido motivado por ciúme, após uma mensagem de Fábio para o WhatsApp da namorada do cantor.
Missilene Germano, irmã da vítima, conta que Fábio está de repouso em casa mas que, a pedido do médico, vai fazer uma tomografia  nesta terça-feira (2) para verificar se mais ossos do rosto foram faturados. "O médico pediu outra tomografia porque acha que faturou outros ossos do rosto do Fábio. Ele [Hangell] disse que foi só um chutinho e um soco e não foi", conta.
Ainda de acordo com Missilene, a cirurgia pela qual Fábio vai ser submetido será para instalar algumas placas no rosto, que ajudarão a reconstituir os ossos quebrados da vítima. A irmã conta que Fábio está se alimentando apenas com líquido, não abre os olhos e não consegue falar direito. "Hoje o Fábio está um pouco melhor, mas ainda tem muitas dificuldades para falar e comer. Só bebe liquido. Está muito difícil toda essa situação, minha mãe está em choque com a situação do meu irmão", lamenta Missilene.
A cirurgia que Fábio vai fazer, segundo Missilene, será realizada no hospital de Cruzeiro do Sul, município distante 648 km da capital acreana, pois as placas que serão instaladas em seu rosto só tem no município. A cirurgia deve ocorrer ainda está semana.
Reconstrução dos ossos da face
O cirurgião bucomaxilo, Sandro Moreira, explicou ao G1 como será feita a cirurgia na vítima. Segundo ele, serão implantadas mini placas de titânio que ajudarão a reconstruir os ossos fraturados. O procedimento deve durar em média 1h30.
"O procedimento é feito sob anestesia geral. Vai ser feita toda por dentro da boca do paciente, então, é bem provável que não fique nenhuma cicatriz", explica o especialista.
Ainda de acordo com o médico, os ferimentos no rosto da vítima foram provocadas por fortes pancadas. "Foi uma agressão muito forte, porque nossos ossos são muito resistentes. Não se quebra os ossos do rosto de alguém só com um soco", afirma o médico.
Sobre possíveis sequelas ou deformações, o médico explica que a cirurgia ajuda a restituir os ossos faturados, mas vai ser preciso avaliar a extensão dos danos para saber se a vítima vai ficar com sequelas no rosto. "Precisamos avaliar os danos dos ferimentos, na maioria das vezes, os pacientes não ficam com deformidades. Mas lógico que toda fratura tem alguma sequela", afirma.
Entenda o caso
Fábio Germano, de 27 anos, foi espancado, na madrugada do último domingo (30) no Bairro Habitasa, onde reside, em Rio Branco. Segundo a irmã da vítima, a odontóloga Missilene Germano, o responsável pela agressão seria o cantor sertanejo Hangell Borges. O pivô do caso teria sido Franciele Idalino, namorada do cantor.
A vítima teria enviado uma mensagem para o celular de Franciele, às 4h30. No entanto, quem visualizou a mensagem foi Hangell Borges, que começou a responder como se fosse a namorada, até saber o endereço de Fábio.
Segundo a irmã de Fábio, a agressão começou com um soco, que  fez o irmão cair desacordado. Em seguida, Hangell teria dado chutes e até pisado no rosto de Fábio. Somente após a intervenção de algumas pessoas, que estavam no local, que o cantor teria parado de bater.
Ao G1, Franciele Idalino, namorada de Hangell Borges, nega que tenha qualquer envolvimento com a vítima. Ela acredita que Fábio conseguiu seu número em algum grupo no aplicativo Whatsapp.
Já o cantor Hangell Borges admite a agressão, mas nega que tenha aplicado vários chutes em Fábio. "O que aconteceu é que eu dei um soco e um chute, mas não fiquei chutando enquanto ele estava desmaiado. Estou esperando chegar uma intimação para comparecer na delegacia. A verdade é essa, o que fiz foi isso, eu errei", afirmou.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

SUÍÇA TEM NOVA VISITA DE PROCURADORES: TRENSALÃO TUCANO

Comissão de procuradores e promotores viaja esta semana para Berna, na Suíça, à caça de números de contas e extratos bancários de brasileiros que supostamente tenham recebido propinas pagas pela multinacional Alstom; em troca do pagamento ilegal a políticos e altos executivos do governo paulista, desde 1998, segundo as suspeitas, a empresa teria vendido trens e construído estações sem a realização de licitações; Tribunal de Contas do Estado de São Paulo julgou que contrato de R$ 9,5 milhões entre a CPTM e a Alstom, para sinalização de estação, "desatende ao interesse público"; tucanos em estado de alerta

As autoridades financeiras da Suíça vão receber esta semana mais uma delegação de promotores e procuradores brasileiras. Desta vez a missão é para a coleta de informações sobre contas bancárias, extratos e provas sobre supostas propinas pagas a altos funcionários do governo do Estado de S. Paulo pela multinacional Alstom.

Um porta-voz da Justiça suíça tem divulgado que o país tem "amplo material" sobre o caso. As autoridades estariam dispostas a colaborar com os pedidos da comissão de representantes do Ministério Público brasileiro. Com as informações sobre a movimentação desses consultores, a esperança dos promotores brasileiros é o de chegar a novos funcionários públicos e até políticos que tenham sido beneficiados com o dinheiro do cartel que, entre o final dos anos 90 e 2008, ganhou contratos bilionários da CPTM e do Metrô do Distrito Federal.

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) considerou irregular um contrato de R$ 9,5 milhões firmado entre a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a francesa Alstom, investigada no caso do cartel de trens e metrôs ocorrido no estado entre 1998 e 2008 – durante os governos do PSDB de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.

Para o tribunal, o contrato que previa a implantação, pela Alstom, do sistema de sinalização do novo pátio de Jurubatuba, "desatende interesse público". A empresa não precisou disputar com outras companhias para conseguir o trabalho da estatal, que alegou inexigibilidade licitatória. O alegação só pode ser utilizada, no entanto, quando existe apenas um fornecedor do serviço.

O TCE impôs uma multa de R$ 6 mil aos dirigentes da estatal responsáveis pelo contrato, segundo reportagem dos jornalistas Fausto Macedo e Ricardo Chapola. Os nomes citados na decisão foram: Laércio Mauro Santoro Biazotti, Sérgio Luiz Gonçalves Pereira e Álvaro C. Armond.

Segundo a conselheira Cristiana de Castro Moraes, relatora do caso, a CPTM "desatende o interesse público e desrespeita a economicidade que deve nortear as contratações efetivadas pela Administração". De acordo com ela, "não ficou devidamente demonstrado que o preço avençado era condizente com o praticado no mercado".

Assaltante invade casa de boxeador no Ceará e é espancado até desmaiar

Boxeador foi ferido no peito e no braço com golpes de faca (esquerda); à direita, assaltante foi agredido até desmaiar (Foto: Flávio Leal/Arquivo pessoal)
O lutador de boxe Flávio Leal reagiu a um assalto e agrediu o suspeito de roubo, que foi hospitalizado e preso em seguida. Durante a briga, Flávio Leal foi lesionado com golpes de faca no braço e no peito e teve que adiar uma luta que estava agendada para sábado (28), dia do incidente. Leal iria defender o cinturão na categoria meio-médio Sulamericano.
"Cheguei em casa me deparei com um meliante que abordava toda a minha família, inclusive a criança, que estava no berço", explicou o lutador.
De acordo com a Polícia Civil, Flávio Leal chegava à residência dele na tarde de sábado quando identificou a bicicleta de um ex-vizinho apontado como autor de furtos e roubos no Centro de Fortaleza. O boxeador suspeito suspeitou de que ele estaria roubando a residência, correu para dentro e confirmou o crime.
O pugilista iniciou uma briga com o suspeito, acertou vários socos nele e foi golpeado com faca nos braços e no peito. Ele levou pontos e se recupera bem. O suspeito ficou desmaiado e foi levado até a calçada da casa de Flávio Leal com ajuda de vizinhos.
Após a briga, Leal filmou as marcas da agressão que sofreu, rastro de sangue pela casa dele e o suspeito desmaiado no chão, do lado de fora da sua casa.
O boxeador, conhecido como Victor Cara de Águia, recebeu atendimento médico, já teve alta do hospital e aguarda melhoras para remarcar a luta em que defende o cinturão na categoria meio-médio.
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Durante o evento, Flávio Leal explicou porque se ausentou da luta em defesa do cinturão do peso médio Sul-Americano (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

PM investiga vídeo que mostra jovens sendo humilhados no RJ

Moradores são obrigados a fazer flexões no meio de poças (Foto: Reprodução Internet)
Um vídeo que está circulando no Facebook mostra policiais militares do Rio de Janeirosubmetendo moradores de uma comunidade a situações humilhantes. O vídeo parece ter sido gravado na Favela do Sabão, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, e mostra policiais, que podem ser lotados no 12°BPM, xingando, humilhando e submetendo um grupo de cerca de 10 moradores à prática de atividades físicas como polichinelos e flexões no meio de poças d’água.

O vídeo tem 2 minutos e 50 segundos e, em um trecho, aparecem um policial fardado, carregando um fuzil, e outro gritando: “para não, gordinho”, para um dos moradores.

Vambora (sic) cheio de óleo, levanta p...”, fala um deles, enquanto o outro dá risadas. Depois que o grupo faz flexão no meio da lama, eles são obrigados a levantar para iniciar uma sessão de polichinelos.

PM investiga caso
O comandante do 12°BPM, coronel Gilson Chagas, afirmou que a corporação abriu Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o caso e está fazendo diligências na comunidade do Sabão para descobrir a data em que o fato ocorreu, se realmente foi na comunidade do Sabão e se os policiais são lotados no 12°BPM.
“Não compactuamos com esse tipo de ação e agiremos com rigor. Não é assim que a Polícia Militar deve agir”, afirmou o comandante. O prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias. Em nota, a assessoria da Polícia Militar informou que, além de investigar de qual batalhão é o policial que aparece nas imagens, também apura se os outros envolvidos seriam PMs.
Em um determinado momento, um dos moradores é intimidado. “Professor, se ele não fizer você vai pagar sozinho, hein?”, avisa. Os homens que gravam as imagens ainda prometem mais “castigos”.  “No final, é cem metros rasos, o último que ficar é pau”.
Policial aparece caregando fuzil enquanto grupo é submetido à prática de exercícios físicos humilhantes (Foto: Reprodução Internet)Policial aparece caregando fuzil enquanto grupo é submetido à prática de exercícios físicos humilhantes (Foto: Reprodução Internet)
Durante a conversa, eles ainda debocham. “Olha lá onde eu botei ele, na poça”, diz um dos homens referindo-se ao morador que é chamado o tempo inteiro de “gordinho” pelo grupo. Depois de alguns segundos fazendo polichinelo, o mesmo rapaz avisa que a bermuda está caindo e o grupo determina que ele continue fazendo o exercício: “Faz com uma mão só e a outra segura as calças”, diz.

Quando dois rapazes fazem menção de ir embora, são chamados de volta para continuar a prática de exercícios humilhantes. Nessa hora, os homens que gravam as imagens mandam que os moradores coloquem o dedo no chão e comecem a rodar. Quando um deles reclama, um dos policiais debocha: "para cheirar dá, para rodar não dá”.
Vídeo que circula na internet mostra grupo sendo obrigado a fazer polichinelo sob a mira de fuzil (Foto: Reprodução Internet)

PM é suspeito de participar de assalto em Juazeiro do Norte, no Ceará

Um soldado do Programa Ronda do Quarteirão de Juazeiro do Norte, no Sul do Ceará, foi  preso no sábado (29) suspeito de assaltar uma loja. De acordo com testemunhas, os irmãos Carlos Alexandre e Douglas da Silva, que está no Ronda há cinco anos e cursa o quarto ano da Faculdade de Direito, chegaram a uma loja de tatuagem de moto e com a viseira do capacete abaixada. O policial ficou do lado de fora com a moto ligada enquanto o irmão entrou na loja e assaltou clientes e funcionários.

A ação dos dois foi interrompida pelo subinspetor da Guarda Municipal de Juazeiro do Norte Sérgio Monteiro, que conseguiu evitar a fuja dos dois irmãos “Eu ia passando na hora e vi um movimento estranho. Um rapaz dentro da loja rendendo vários clientes e o outro em uma moto. Quando percebi esse movimento eu parei, esperei o outro guardar a arma e rendi os dois, com uma pistola de pressão. Acionei a polícia que chegou imediatamente”, conta.
O Comandante do Ronda do Quarteirão da Região Sul, Capitão Adailton da Silva, disse que o soldado Douglas da Silva negou envolvimento no crime, mas que ele foi afastado por tempo indeterminado e está detido no Presídio Militar em Fortaleza.
O Comando da Polícia Militar disse que esse é um fato isolado e que vai investigar se o PM tem ou não condições de permanecer na corporação.