Após a repercussão mundial do caso Tinga, a Conmebol, por meio do site oficial da entidade, confirmou a abertura de investigação para apurar os fatos ocorridos no jogo entre Real Garcilaso e Cruzeiro, válido pela primeira rodada do Grupo 5, da Taça Libertadores de 2014, disputado em Huancayo no Peru.
'A Unidade Disciplinar da Conmebol abriu uma investigação preliminar diante da denúncia recebida no dia de ontem (quinta-feira) por parte do Cruzeiro. O clube reclama que no jogo disputado no dia 12, contra o Real Garcilaso, torcedores do clube local mostraram conduta racista contra o jogador Paulo César Fonseca Nascimento 'Tinga', informou a página oficial da entidade na internet.
Conmebol informa que vai apurar episódio de racismo envolvendo o volante Tinga (Foto: Reprodução / Conmebol)
As ofensas racistas protagonizadas pela torcida peruana, não foram relatadas, em súmula, pelo árbitro da partida, o venezuelano José Argote. A informação foi confirmada por Caio César Rocha, presidente do Tribunal Disciplinar da Conmebol.
Cruzeiro e Conmebol chegaram a marcar um encontro para discutir os fatos ocorridos na cidade de Huancayo, antes e durante o confronto contra o Real Garcilaso, no Peru. No entanto, a reunião foi cancelada. Além da derrota, por 2 a 1, para o Real Garcilaso. a partida foi marcada pelas cenas protagonizadas pela torcida peruana no estádio de Huancayo, que imitavam sons de macacos quando o volante Tinga pegava na bola. A Raposa também reclama por ter treinado no estádio sem luz, na véspera da partida e de falta de água nos vestiários, no intervalo da partida. O superintendente do clube celeste, Benecy Queiroz, conversou por telefone com o presidente da entidade máxima sul-americana, Eugenio Figueroa, para desmarcar o compromisso.
O artigo 12 do regulamento da Conmebol trata de discriminação e/ou comportamento senelhante, e informa que em caso de 'qualquer insulto ou violação à dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, em razão da cor, raça, etnia, língua, credo ou origem', o clube 'será suspenso por um período mínimo de cinco jogos ou por um período tempo específico'. Ainda de acordo com as regras, 'qualquer associação membro ou clube cujos torcedores se engajarem em conduta descrita (...) será punida com uma multa de pelo menos US$ 3 mil (mais de R$ 7 mil).
De acordo com a Conmebol, o caso pode ser levado a julgamento por 'órgão disciplinar competente', que 'pode impor sanções adicionais sobre a associação responsável ou clube', como 'jogar um ou mais jogos com portas fechadas, a proibição de jogar uma partida em um certo estádio' e, até mesmo, perder pontos ou ser desclassificado da competição.
Fonte: Globo
Fonte: Globo
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