Em um ambiente festivo, cerca de três mil mulheres convocadas pela Coordenadora Feminista exigiram que o Executivo suspenda "qualquer ameaça ao direito ao aborto" e que "não utilize" o Tribunal Constitucional para restringir este direito das mulheres, em alusão ao recurso interposto pelo Partido Popular (PP, centro-direita) à atual lei.
A manifestação sob o lema "Nós decidimos. Aborto livre" se desenvolveu tranquilamente. Nela, foi possível escutar slogans como "Nem Estado, nem religião. No meu corpo mando eu", "Fora o aborto do código penal" e "Estado laico, leis laicas".
A retirada da reforma é "uma vitória clara do Movimento Feminista, da sociedade civil e de todos os agentes sociais que se mobilizaram pelo direito das mulheres a decidir sobre sua maternidade e projeto de vida", destacaram as manifestantes em comunicado lido no final da manifestação.
"Reafirmar o direito ao aborto livre significa que nenhuma mulher pode ser forçada a uma maternidade não desejada", afirmava o comunicado.
Além disso, a manifestação exigia que fosse garantida uma educação sexual livre de estereótipos, que o aborto possa ser feito na rede de saúde pública e seja regulada a objeção de consciência dos profissionais de saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário